Prêmio Nobel da Paz vai para primeiro-ministro da Etiópia
O anúncio foi feito em Oslo, na Noruega, na manhã desta sexta-feira
atualizado
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O prêmio Nobel da Paz 2019 foi concedido, nesta sexta-feira (11/10/2019), ao primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed. A honraria é atribuída, desde 1901, a homens, mulheres e organizações que trabalharam para o progresso da humanidade, conforme o desejo do criador, o inventor sueco Alfred Nobel.
O anúncio foi feito em Oslo, na Noruega. O vencedor receberá um prêmio de 9 milhões de coroas suecas (R$ 3,72 milhões). Abiy Ahmed Ali foi premiado, entre outros motivos, pela iniciativa decisiva para resolver o conflito de fronteira com a vizinha Eritreia. O governo etíope disse que está “orgulhoso como país” com o prêmio.
Abiy Ahmed tornou-se primeiro-ministro da Etiópia em 2018 e, desde então, demonstrou vontade de retomar o processo de paz entre os dois países, que estava paralisado. Um acordo foi assinado há mais de um ano entre Ahmed e o líder vizinho Isaías Afwerki.
Aos poucos, as duas nações voltam a se aproximar. Apesar de terem ligações culturais e étnicas profundas, até meados de 2018 os dois países viviam uma espécie de guerra fria. Mais de 80 mil pessoas morreram em dois anos de conflitos na fronteira e famílias foram separadas.
Candidaturas
Este ano, o Comitê Nobel registrou 301 candidaturas, sendo 223 pessoas e 78 organizações. A lista de indicados é mantida em segredo, mas existe muita especulação em torno da escolha. Brasileiro, o cacique Raoni era um dos favoritos ao prêmio.
Em 2018, o Nobel da Paz foi concedido a dois ativistas que dedicaram a vida a combater o estupro e a violência sexual como arma de guerra. São eles: o ginecologista congolês Denis Mukwege, 63 anos, e Nadia Murad, 25, da minoria yazidi.
Segundo o comitê responsável pela escolha, os dois, que não eram as principais apostas, receberam a honraria “por seus esforços para acabar com o uso da violência sexual como uma arma em guerras e conflitos”.
Veja os outros vencedores de 2019:
Física – Os pesquisadores James Peebles, dos Estados Unidos, Michel Mayor e Didier Queloz, ambos da Suíça, foram laureados na terça-feira (08/10/2019) com o Prêmio Nobel de Física 2019 pelas contribuições para o entendimento da evolução do Universo e do lugar que a Terra ocupa no Cosmos.
Química – Os pesquisadores John Goodenough, da Universidade do Texas, M. Stanley Whittingham, da Universidade de Binghamton, ambas nos Estados Unidos, e Akira Yoshino, da Universidade Meijo, no Japão, foram laureados na quarta-feira (08/10/2019) com o Prêmio Nobel de Química 2019 pelo desenvolvimento de baterias de lítio.
Literatura – Na quinta-feira (10/10/2019), a Academia Sueca anunciou os nomes dos vencedores do Prêmio Nobel de Literatura. Peter Handk ganhou o troféu de 2019 e Olga Tokarczuk foi laureada por 2018.
Medicina – Este ano, levaram a premiação William Kaelin, Gregg Semenza e Sir Peter Ratcliffe. Eles desenvolveram estudo sobre como as células detectam e se adaptam à disponibilidade de oxigênio. (Com Agência Estado)