Premier da Itália condena ataque contra ex-espião russo
De acordo com uma fonte do governo italiano, Gentiloni disse a May que o ataque ao ex-espião russo foi um ato “muito grave”
atualizado
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O primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, condenou nesta sexta-feira (16/3) o envenenamento do ex-espião russo Serghei Skripal, ocorrido no dia 4 de março, na Inglaterra. Ele conversou por telefone com premier britânica, Theresa May.
De acordo com uma fonte do governo italiano, Gentiloni disse a May que o ataque ao ex-espião russo foi um ato “muito grave” e prestou “solidariedade” para as autoridades britânicas, e desejando que os responsáveis pelo caso sejam identificados e punidos. Na conversa, Gentiloni e May concordaram de que a Rússia deverá dar respostas claras e abrangentes sobre seu papel no ataque. Além da Itália, os Estados Unidos, a França e a Alemanha se uniram ao Reino Unido e também condenaram o ataque contra Skripal e sua filha Yulia, na cidade britânica de Salisbury. Os dois foram expostos a uma substância química que afeta o sistema nervoso. Já o ministro do Exterior britânico, Boris Johnson, voltou a acusar a Rússia de ter tramado o envenenamento do ex-espião Skripal, dizendo que o presidente Vladimir Putin foi o “provável” mandante do ataque.
Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, além de negar novamente que a Rússia não teve participação na tentativa de homicídio de Skripal, disse que as acusações de Johnson são “chocantes e inescusável”.Na quarta-feira (14), o Reino Unido expulsou 23 diplomatas russos do país, pelo “desprezo” e ao “sarcasmo” com que Moscou está tratando o caso de Skripal.
Skripal, de 66 anos, foi atacado em um shopping center, junto com a sua filha, Yulia. Ambos estão hospitalizados em estado grave.