Prefeito de Mariupol: mais de 30 crianças continuam presas em Azovstal
Zelensky fez um apelo para que a ONU ajude a salvar as pessoas que seguem no último reduto de resistência ucraniana na cidade
atualizado
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O prefeito da cidade ucraniana de Mariupol, Vadim Boitshenko, afirmou que mais de 30 crianças estão entre os civis presos na siderúrgica de Azovstal, o último reduto de resistência da região. Ele disse a uma emissora do país que centenas de pessoas ainda precisam ser resgatadas da fábrica, e que cerca de 100 mil cidadãos poderiam ser retirados da cidade.
“Desgraçadamente há violentos combates em Azovstal hoje”, descreveu. Depois que uma operação de resgate viabilizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Cruz Vermelha conseguiu tirar 156 refugiados do local, as tropas russas voltaram a bombardear a estrutura.
Os refugiados estão, agora, na cidade de Zaporizhzhia. “Foi preciso muito esforço, longas negociações e várias mediações”, ressaltou o mandatário ucraniano.
A região de Mariupol tem sido reduzida a escombros pelas tropas russas desde o início do conflito. A localização torna a comunidade costeira estratégica.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez um apelo para o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que esteve no país recentemente. “As pessoas que se encontram no local correm perigo de vida. Pedimos que nos ajude a salvá-las”, ressaltou.
Desde que a ofensiva do Kremlin foi retomada, duas mulheres morreram e 10 pessoas ficaram feridas. A informação foi repassada por Irina Vereshchu, vice-primeira-ministra ucraniana.
“As pessoas ainda estão morrendo. Infelizmente, a aviação e a artilharia inimigas estão trabalhando e atirando na fortaleza constantemente”, disse ela.