Prefeito de Kherson admite que russos têm comando da cidade ucraniana
Igor Kolyhaiev pediu, pelas redes sociais, por volta das 22h de quarta-feira (2/3), que moradores obedeçam aos invasores
atualizado
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O prefeito de Kherson, cidade localizada ao sul da Ucrânia, pediu, na noite de quarta-feira (2/3), que os moradores da região não entrem em conflito com tropas russas e que obedeçam aos invasores.
O pedido foi feito pelas redes sociais, por volta das 22h (horário local). Na publicação, Igor Kolyhaiev afirmou que homens armados estavam na região. Ele pontuou que não conta com o apoio de equipes militares ucranianas em Kherson, apenas civis.
“Não temos Forças Armadas Ucranianas na cidade, apenas civis e pessoas que querem viver aqui”, afirmou o prefeito de uma das cidades mais importantes do ponto de vista estratégico.
O prefeito indicou que teria tentado negociar com as tropas invasoras, pedindo que os russos não atirem nos moradores da região.
“Não fiz promessas a eles. Só não tenho nada a prometer. Só estou interessado na vida normal da nossa cidade! Só pedi para não atirar nas pessoas”, escreveu.
A cidade entrou em regime de toque de recolher das 20h às 6h, com permissão apenas para transporte de alimentos, medicamentos e outros itens essenciais. De acordo com agências internacionais de notícias, o transporte público da região será retomado em breve, e as pessoas foram instruídas a “andar um por um”.
“Os militares não serão provocados. Pare na primeira demanda. Eles não entram em conflito. Mostramos que estamos trabalhando para proteger a cidade e tentando eliminar as consequências da invasão”, concluiu.
Ponto estratégico
Kherson é considerada a primeira grande cidade tomada pelos russos desde o início da invasão das tropas militares de Vladimir Putin. A cidade fica na foz do rio Dnieper para o Mar Negro.
A região conta com quase 300 mil habitantes e é considerada um ponto de partida para que militares russos tomem outras cidades do interior do país.
Veja imagens do 7º dia de conflito entre Rússia e Ucrânia: