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Prefeito acusa Rússia de matar famílias que tentaram fugir da Ucrânia

Entre os mortos, estão mulheres e crianças que pretendiam deixar o distrito de Kiev neste domingo (6/3). Bombardeio russo impediu evacuação

atualizado

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Vista de um assentamento civil danificado após um recente bombardeio em Yasinovataya e Hirlovka, controladas pelos separatistas russos na Ucrânia - Metrópoles
1 de 1 Vista de um assentamento civil danificado após um recente bombardeio em Yasinovataya e Hirlovka, controladas pelos separatistas russos na Ucrânia - Metrópoles - Foto: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images

O prefeito de Irpin, Oleksandr Markushyn, informou em um comunicado no Telegram que oito civis foram mortos durante tentativa de evacuação na cidade, neste domingo (6/3).

Na mensagem, Markushyn afirmou que os russos abriram fogo durante a tentativa dos civis de deixarem a cidade. “Uma família morreu na minha frente. Duas crianças pequenas e dois adultos morreram”, disse.

Entre os mortos, está uma família que tentava deixar a cidade. Imagens feitas pelo time de fotografia do jornal The New York Times mostra o que deveria ser um “corredor humanitário” para passagem de civis sob forte ataque das tropas russas na Ucrânia.

Ao tentar deixar a cidade de Irpin, perto de Kiev, civis foram atacados. Uma mulher e duas crianças estão entre as vítimas do bombardeio.

A explosão ocorreu neste domingo (6/3) quando as pessoas tentavam atravessar uma estrada logo após a passagem da ponte. Imagens do New York Times mostram o momento exato do impacto. Um dos fotógrafos da equipe divulgou o vídeo em redes sociais.

Veja:

Os relatos do jornal norte-americano são chocantes. “O morteiro caiu na rua, levantando uma nuvem de poeira de concreto e deixando uma família — uma mãe, um pai, um filho adolescente e uma filha que parecia ter cerca de 8 anos — atirados no chão. Soldados correram para ajudar, mas a mulher e as crianças estavam mortas. O pai ainda tinha pulso, mas estava inconsciente e gravemente ferido”, diz reportagem do jornal.

Mortos e feridos

No 11º dia da invasão da Ucrânia pela Rússia, uma missão de monitoramento da ONU divulgou que 364 civis morreram em meio aos confrontos e 759 pessoas ficaram feridos.

O destacamento das Nações Unidas pontua, porém, que o número real provavelmente é maior. O conflito foi conflagrado em 24 de fevereiro e, até o momento, as negociações de paz conseguiram somente um cessar-fogo parcial, que sequer é cumprido.

As vítimas foram contabilizadas até o último sábado (5/3) e já superam uma outra estimativa, desta vez do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Ainda de acordo com o comissariado da ONU para migração forçada, a Acnur, o conflito deflagrado pelos russos já tem saldo de 1,5 milhão de refugiados.

Desrespeito

Costurado na segunda reunião de paz entre os países, o cessar-fogo temporário para retirada de civis da cidade de Mariupol, no sul ucraniano, não prosperou. A Guarda Nacional da Ucrânia informou que novos bombardeios foram registrados na região.

Com isso, a evacuação de pessoas foi interrompida na noite de sábado, pelo horário de Brasília. Na cidade, bombardeada de forma ininterrupta há quase uma semana, o fornecimento de energia e água foi cortado em pleno inverno.

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