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Prazo se esgota e CNE não divulga resultados eleitorais da Venezuela

O prazo de 72 horas para a divulgação do total de votos e atas eleitorais terminou, deixando em aberto a confirmação da vitória de Maduro

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1 de 1 Imagem colorida de Nicolás Maduro - Metrópoles - Foto: Pedro Rances Mattey/Anadolu via Getty Images

O prazo de 72 horas para a divulgação dos resultados eleitorais na Venezuela terminou e o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ainda não divulgou o total de votos ou as atas eleitorais para confirmar a vitória de Nicolás Maduro.

A legislação venezuelana estabelece que o resultado das eleições deve ser divulgado até três dias após o pleito, mas, até o momento, não há confirmação oficial dos números.

Apesar da ausência de dados oficiais, o CNE proclamou Maduro como presidente reeleito nessa segunda-feira (29/7), sem fornecer o registro completo dos votos.

As regras do órgão estipulam que o sistema eletrônico permita a divulgação imediata dos boletins de urna, o que ainda não ocorreu. Além disso, o Conselho havia prometido disponibilizar as atas eleitorais no mesmo período, o que também não foi cumprido.

Desconfianças

Com o aumento da pressão interna e externa, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, prometeu entregar 100% das atas eleitorais que estão nas mãos de seu partido e, assim, comprovar sua vitória nas eleições do último fim de semana.

Em entrevista coletiva com jornalistas estrangeiros, Maduro colocou a culpa no atraso da divulgação dos resultados em um ataque hacker contra o CNE, que ficou horas fora do ar no dia seguinte às eleições.

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Presidente Nicolás Maduro foi anunciado vencedor de eleição em 2024 na Venezuela
Nicolás Maduro é herdeiro político de Hugo Chávez
Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato presidencial em uma eleição marcada por polêmicas
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Presidente Nicolás Maduro foi anunciado vencedor de eleição em 2024 na Venezuela

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Nicolás Maduro é herdeiro político de Hugo Chávez

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Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato presidencial em uma eleição marcada por polêmicas

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O presidente venezuelano e atual candidato à reeleição para um terceiro mandato, Nicolás Maduro

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A falta de transparência aumenta a suspeita de que Maduro não honrará sua promessa de divulgar todas as informações eleitorais.

Pressão internacional

Durante um pronunciamento, o presidente venezuelano se colocou como vítima, acusando a mídia e organizações de direita de tentar desestabilizar o país.

Enquanto isso, a comunidade internacional expressa preocupação. Brasil, Colômbia e México ainda não chegaram a um acordo para um comunicado conjunto exigindo a divulgação das atas eleitorais.

A Colômbia defende uma auditoria internacional, enquanto o Brasil prefere uma checagem imparcial do resultado.

Os Estados Unidos, por sua vez, ameaçam tomar medidas contra a Venezuela, caso o país não comprove a vitória de Maduro.

Brasil se abstém em votação na OEA

O governo do Brasil se absteve em uma votação na Organização dos Estados Americanos (OEA) que pedia transparência no resultado das eleições na Venezuela e aumentava, ainda mais, a pressão internacional contra Nicolás Maduro.

O texto final acabou não sendo aprovado durante discussão realizada nesta quarta-feira (31/7). O Brasil, inclusive, se posicionou contra qualquer intervenção externa na política interna venezuelana, temendo que sanções econômicas adicionais agravem ainda mais a crise no continente.

Eram necessários 18 votos para que a proposta, liderada por Estados Unidos, Uruguai, Paraguai e Argentina, fosse aprovada. No entanto, além da abstenção do Brasil, a Colômbia não votou para aprovar ou reprovar o texto. O México, que reconheceu a vitória de Maduro, estava ausente na votação.

Entre os principais pontos, a medida pedia que o governo de Maduro divulgasse o resultado da votação das eleições do último domingo e permitisse que observadores independentes verificassem os dados do pleito. A resolução ainda pedia respeito aos direitos humanos e de manifestação na Venezuela.

Um dia antes da votação, a OEA rejeitou o resultado final das eleições divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), e disse que os números apresentados não mereciam confiança ou “reconhecimento democrático”.

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