Português é acusado de assassinar e esquartejar namorado brasileiro
O crime ocorreu em abril deste ano na Vila de Cadaval, Lisboa. O português está preso preventivamente e aguarda julgamento
atualizado
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Reviravolta no caso do assassinato de Valdene Mendes, 47 anos, brasileiro morto e desmembrado pelo namorado em Portugal. O Ministério Público (MP) do país acusou, nesta sexta-feira (10/11), Luís Lopes, 52, suspeito do crime, de homicídio qualificado e profanação de cadáver. O crime ocorreu em abril deste ano na Vila de Cadaval, Lisboa.
O acusado teria conhecido a vítima em 2007. Ele a ajudou no processo de legalização para permanecer em Portugal. De acordo com a imprensa portuguesa, os dois mantinham um relacionamento amoroso marcado por tensões.
Segundo a Lusa, agência de notícias portuguesa, Valdene estava em uma situação econômica instável e pedia dinheiro constantemente, para despesas pessoais, empréstimos e pensão alimentícia das filhas. A denúncia do MP detalha que ele ameaçava romper o relacionamento, caso não fosse atendido. Em 26 de abril, o suspeito teria se negado a dar o dinheiro e acabou agredido verbalmente pelo namorado.
No dia seguinte, houve o assassinato. Enquanto o companheiro dormia, Luís o golpeou com uma marreta. Para ocultar o corpo, esquartejou-o, colocou os pedaços em sacos plásticos e espalhou por diversos locais da Vila de Cadaval.
Pessoas próximas a Mendes notaram a ausência dele e denunciaram o desaparecimento. Uma semana depois, um corpo desmembrado, que possivelmente poderia ser o da vítima, foi encontrado.
A partir daí, uma busca pelas partes do corpo teve início. Em 2 de maio, a Polícia Judiciária (PJ), responsável pela investigação, localizou o tronco do brasileiro. No dia seguinte, as pernas e as mãos. A cabeça e as coxas, últimas partes encontradas, foram descobertas a 100 metros da casa do suspeito, no dia 6 do mesmo mês.
O MP concluiu a denúncia em 24 de outubro. Lopes acabou preso em maio deste ano e aguarda julgamento. Ele segue em prisão preventiva, pois a PJ portuguesa entendeu que o suspeito poderia fugir ou atrapalhar as investigações.