1 de 1 Tanque de guerra Russo que invadiu a Ucrânia- Metrópoles
- Foto: Stringer /Agência Anadolu via Getty Images
Cercar, isolar e tomar o poder. Assim tem sido a estratégia do exército russo na guerra. Ao invadir o território ucraniano, em 24 de fevereiro, a Rússia planejou dominar cidades-chaves para ganhar acesso ao Mar Negro.
Vladimir Putin já exercia influência na Crimeia, região anexada à Rússia em 2014 quase sem resistência. Na guerra de agora, usou a região de Donbass, onde estão as separatistas Lugansk e Donetsk, para avançar com suas tropas. Além disso, “sufocou” a Ucrânia pela fronteira com Belarus, do outro lado.
Agora, o conflito armado tem se entrincheirado em linha linha reta ligando quatro cidades ucranianas. Kharkiv, Dnipro, Zaporizhzhia e Kherson. Kiev, a capital, está sob ataques constantes por ser o coração do poder.
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Putin já exercia influencia na Crimeia, região anexada em 2014 à Rússia
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Usou a região de Donbass, onde estão Lugansk e Donetsk, províncias separatistas durante a invasão
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Militares têm se entrincheirado em linha reta ligando quatro cidades ucranianas. Kharkiv, Dnipro, Zaporizhzhia e Kherson
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O posicionamento das tropas e os ataques a essas regiões dão evidências do planejamento russo. Repare no mapa como a região é estratégica: o acesso ao Mar Negro por essa rota é livre.
O Mar Negro conecta dois continentes: a Europa Oriental e a Ásia Ocidental. Essencial para o comércio mundial, por lá são transportadas muitas mercadorias e pessoas, sendo uma das vias marítimas mais movimentadas do planeta.
Odessa na mira
Se a tendência continuar, Odessa, outra cidade ucraniana do litoral, também entrará nessa rota. O local é estratégico e já sofreu ataques. Contudo, não foi dominada pelos russos.
Em Odessa, civis treinam defesa e aprendem a usar armas. Os moradores da cidade ucraniana se voluntariaram para aprender a atirar com um policial local.
Como parte da estratégia, três cidades foram bombardeadas pela primeira vez na sexta-feira (11/3). Dnipro, Rivne e Ivano-Frankivsk sofreram ataques, segundo o governo ucraniano.
Ataques
Na tarde de sexta-feira, o governador da região onde está a cidade de Mykolayv, Dennis Kiyanchenko, anunciou que a Rússia bombardeou o local.
“Estão disparando mísseis mais do que nunca. Prédios residenciais estão pegando fogo novamente, há informações sobre um atropelamento em um dos supermercados”, garantiu.
As tropas russas focaram em investidas potenciais contra Kharkiv, Dnipro, Zaporizhzhia e Kherson nos últimos dias. Nesses locais, foram concentrados os principais ataques.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança.
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