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Polônia admite a presença de soldados da Otan na Ucrânia

Segundo primeiro-ministro da Polônia, Otan tem ajudado Ucrânia “o tanto quanto pode”, inclusive com soldados da aliança presentes no país

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Imagem colorida mostra o primeiro-ministro da Polônia, Donald Turk, discursando durante evento realizado no país europeu - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra o primeiro-ministro da Polônia, Donald Turk, discursando durante evento realizado no país europeu - Metrópoles - Foto: Beata Zawrzel/NurPhoto via Getty Images

O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, admitiu a presença de soldados da Aliança do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Ucrânia. A declaração dele aconteceu nessa quinta-feira (9/5).

“A Otan hoje está ajudando o tanto quanto pode. Sem a ajuda da Otan, a Ucrânia não seria capaz de se defender por tanto tempo”, disse Tusk a jornalistas. “Bem, e há algumas tropas lá [na Ucrânia], quero dizer, soldados. Existem alguns soldados lá, observadores, engenheiros. Eles estão ajudando-os”, declarou.

Tusk, no entanto, não informou a quantidade de militares presentes no país liderado por Volodymyr Zelensky nem suas nacionalidades.

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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial
Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido
Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria
A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros
A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia
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Divulgação/Otan
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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial

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Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido

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Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria

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A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros

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A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia

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O período de bipolaridade entre EUA e URSS dividiu o mundo. Os dois países e seus respectivos aliados mantinham-se em alerta para eventuais ataques bélicos

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A Otan investiu em tecnologia de defesa, na produção de armas estratégicas e também espalhou pelas fronteiras soviéticas sistemas de defesa antimísseis

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Na fase final da Guerra Fria, a organização passou a assumir novos papéis. Em 1990, sob ordem do Conselho de Segurança da ONU, a Otan interveio no conflito da ex-Iugoslávia. Foi a primeira vez que agiu em território de um Estado não membro

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Em 2001, a Otan anunciou a aplicação do princípio da segurança coletiva: um ataque feito a um país membro seria um ataque contra todos os demais

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Como os ataques terroristas ocorridos em setembro de 2001 foram considerados atos de guerra pelo governo norte-americano, a cláusula foi acionada. Por esse motivo, a organização participou da invasão ao Afeganistão

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Além de ver o terrorismo como nova ameaça, a Otan colaborou com operações de paz e realizou ajuda humanitária, como aos sobreviventes do furacão Katrina, em 2005

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Soldados da Otan também realizaram operações militares em zonas conflituosas do mundo, como o Bálcãs, o Oriente Médio e o norte da África

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Atualmente, a aliança é composta por 32 países, localizados principalmente na Europa

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Bósnia e Herzegovina, Geórgia e Ucrânia são os três países classificados como “membros aspirantes” à organização. Porém, para a Rússia, a perspectiva da antiga república soviética Ucrânia se juntar à Otan é impensável

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Declaração de primeiro-ministro da Polônia vem em momento de tensão

A revelação do polonês acontece em um momento de extrema tensão entre Rússia e países da Otan.

Desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, a aliança militar liderada pelos Estados Unidos tem apoiado Kiev com o envio de armas. Contudo, líderes que representam países que compõem o bloco já declararam diversas vezes a possibilidade de um envolvimento direto da aliança na guerra.

A mais recente delas aconteceu em fevereiro deste ano, quando Emmanuel Macron não descartou o envio de tropas da Otan para conter o avanço dos russos em território ucraniano.

Após as declarações do presidente da França e de outras autoridades ocidentais, que acenderam ainda mais o alerta sobre um possível conflito direto com a Rússia, Moscou subiu o tom e anunciou novos testes com armas nucleares.

Na última segunda-feira (6/5), o Ministério da Defesa russo afirmou que os exercícios com armas de destruição em massa são uma resposta a “ameaças provocativas” do Ocidente, sem citar diretamente a Otan ou países membros da aliança.

 

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