Vídeo: militar sequestrada por índios pede fim da violência a Maduro
O sequestro é uma resposta ao ataque à comunidade indígena por parte da Guarda Nacional Bolivariana. Tenente pede desculpas pela ação
atualizado
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Em vídeo divulgado pelo Twitter, na conta da jornalista venezuelana Sebastiana Barraez, a tenente Grecia Del Valle Roque Castillo, uma das quatro pessoas sequestradas por indígenas venezuelanos, fez um apelo ao presidente Nicolás Maduro e ao ministro da Defesa, general Vladimir Padrino López, pelo fim da violência.
Chorando, ela disse que não há como fazer nada para resolver a situação, contou ser mãe de um menino de 11 anos e disse que gostaria de dar um futuro melhor para o filho. “Presidente, veja o que está acontecendo, veja que não podemos fazer nada”, disse a tenente venezuelana na gravação.
HILO MILITAR
1- Quien habla en ese video es la teniente (GNB) Grecia Del Valle Roque Castillo, detenida por los pemones, por los sucesos ocurridos en la comunidad Kumarakapay. pic.twitter.com/ShDv0JAdFM— Sebastiana Barraez (@SebastianaSin) February 23, 2019
Grecia pediu desculpas à comunidade indígena pelo ataque da última sexta, que resultou na morte de duas pessoas. “Padrino López, meu general, pense bem o que vai fazer, não atue com violência contra a comunidade indígena, que não está fazendo nada”, apelou.
O sequestro dos quatro militares da Guarda Nacional Bolivariana se mantém neste sábado (23), em algum lugar próximo à cidade de Santa Elena, na fronteira com o Brasil.
A ação é uma resposta das comunidades indígenas locais ao assassinato, na última sexta-feira (22), de dois integrantes da comunidade, quando tentavam impedir a passagem de militares e blindados para bloquear a fronteira e impedir a chegada de ajuda internacional à Venezuela.
Mortes
Neste sábado, a situação de tensão se repetiu em Santa Elena. De acordo com a ONG Foro Penal, defensores de Maduro, chamados de coletivos, reprimiram moradores da cidade que queriam abrir um canal humanitário na fronteira com o Brasil.
De acordo com a ONG, duas pessoas já morreram e 29 foram baleadas. A identidade dos mortos ainda não foi revelada.