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Vice dos EUA diz que provocações da Coreia do Norte são arriscadas

O lançamento fracassado do míssil ocorreu no momento em que um porta-aviões norte-americano se aproximava da Península da Coreia

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Mike Pence
1 de 1 Mike Pence - Foto: Divulgação

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, disse neste domingo que a “provocação” da Coreia do Norte revelou os riscos enfrentados pelos militares norte-americanos e da Coreia do Sul. Pence desembarcou na capital sul-coreana como parte de uma viagem de dez dias à Ásia. Pouco antes de sua chegada, os norte-coreanos haviam conduzido uma tentativa frustrada de lançamento de míssil.

Enquanto o vice norte-americano estava voando sobre o estreito de Bering, que liga os oceanos Pacífico e Ártico, um míssil da Coreia do Norte explodiu durante o lançamento neste domingo, segundo informações de autoridades dos Estados Unidos e da Coreia do Sul. O lançamento fracassado representou uma grande falha, que ocorreu no momento em que um porta-aviões norte-americano se aproximava da Península da Coreia.

Ao chegar em Seul, o vice-presidente depositou flores no cemitério nacional e participou de um evento de Páscoa com militares de uma base norte-americana. Durante uma confraternização, ele afirmou que as tensões na península trouxeram grande importância para a missão conjunta de Estados Unidos e Coreia do Sul.

“A provocação do Norte nesta manhã é apenas o mais recente lembrete dos riscos que cada um de vocês enfrenta todos os dias na defesa da liberdade das pessoas da Coreia do Sul e na defesa dos Estados Unidos nessa parte do mundo”, afirmou Pence.

Aliança
Pence disse aos militares que ele havia conversado por duas vezes com o presidente norte-americano Donald Trump durante o dia. Ele afirmou que, sob a liderança de Trump, o “compromisso com essa aliança histórica com as corajosas pessoas da Coreia do Sul nunca foi tão forte”. “Com a sua ajuda e a ajuda de Deus, a liberdade vai prevalecer na península”, afirmou aos presentes.

Trump havia sugerido que os Estados Unidos adotariam uma postura mais dura contra a Coreia do Norte, dizendo a repórteres na semana passada que a Coreia do Norte é um problema. “Tomaremos conta do problema”, disse. Ele disse repetidamente que se a China, principal parceiro comercial da Coreia do Sul, não está disposta a fazer mais para pressionar o Norte, os Estados Unidos poderiam tomar o problema em suas mãos.

Junto com o porta-aviões e outras embarcações enviadas para a o entorno da Península da Coreia, milhares de tropas norte-americanas e sul-coreanas, além de tanques e armamentos, foram enviados no último mês em um dos maiores exercícios militares conjuntos da história. Isso levou a Coreia do Norte a emitir ameaças rotineiras de ataques contra seus rivais caso eles deem sinais de agressão.

Míssil
Um oficial da Casa Branca afirmou a jornalistas que o tipo de míssil que a Coreia do Norte tentou disparar no domingo foi de médio porte e que ele explodiu cerca de 4 a 5 segundos depois de ser lançado.

Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, o teste era esperado e os Estados Unidos mantém informações de inteligência anteriores e posteriores ao lançamento. A fonte afirmou que não havia uma resposta esperada por parte do governo Trump porque não havia necessidade de os Estados Unidos reforçarem a falha.

Ainda de acordo com o oficial, os Estados Unidos teriam “tomado outras ações” caso o teste da Coreia do Norte envolvesse armas nucleares.

Testes
A Coreia do Norte já conduziu cinco testes nucleares, incluindo dois no ano passado. Imagens de satélite recentes sugerem que o país poderia conduzir outro teste a qualquer momento.

Apesar das provocações, autoridades dos Estados Unidos afirmam que não há intenção de uso da força militar contra a Coreia do Norte em resposta a testes nucleares ou ao lançamento de míssil. Após meses de discussões, os EUA decidiram por uma política chamada de “pressão máxima e comprometimento”, segundo afirmaram oficiais na sexta-feira. A principal ênfase será em aumentar a pressão a Pyongyang com a ajuda de Pequim.

Pence tem a responsabilidade de explicar a política em encontros com líderes na Coreia do Sul e Japão no início de sua viagem, a qual também vai incluir paradas na Indonésia e na Austrália. Ele ainda deve assegurar aos aliados que os EUA vão tomar ações necessárias para defendê-los da agressão norte-coreana.

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