Venezuela: Maduro discursa para militares e critica desertores
Segundo o presidente, há um movimento de pressão, a partir da Colômbia, para dividir as Forças Armadas venezuelanas
atualizado
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Em um encontro com oficiais e praças das Forças Armadas da Venezuela, o presidente Nicolás Maduro criticou nesta quarta-feira (30/1) os militares que desertaram e passaram a apoiar o governo interino. De acordo com Maduro, há um movimento de pressão, a partir da Colômbia, para dividir os militares venezuelanos.
“Mercenários da oligarquia colombiana [que] conspiram a partir da Colômbia para dividir a Força Armada Nacional Bolivariana”, ressaltou. “Temos de ter uma Força Armada consolidada, unida ao povo, protegendo o povo, mobilizada para a defesa”, disse Maduro.
Ao discursar para os militares, em Caracas, Maduro apelou: “[Temos de] garantir que nosso território nunca será tocado pela planta insolente do imperialismo americano”. O presidente afirmou que há uma família militar. “Temos de ter uma Força Armada consolidada, unida ao povo, protegendo o povo, mobilizada para a defesa”, ressaltou.
Ao longo desta semana, Maduro visitou várias unidades militares na região de Caracas e nos estados de Yaracuy e Aragua. Segundo a imprensa oficial, a iniciativa do presidente faz parte de uma série de exercícios militares em comemoração aos 200 anos do Congresso de Angostura.
Os exercícios militares se intensificaram nos últimos dias, depois que o deputado federal Juan Guaidó se autoproclamou presidente interino da República e a Assembleia Nacional do país declarou Maduro, usurpador. A iniciativa conta com apoio de boa parte da comunidade internacional, inclusive o Brasil.
Nessa terça (29), a Procuradoria-Geral da República da Venezuela pediu à Suprema Corte do país para proibir Guaidó de deixar a região, além de bloquear seus bens e contas bancárias: a medida foi adotada.