Trump estuda recolocar Cuba em lista de “patrocinadores do terrorismo”
Medida pode minar retomada de uma política mais amena dos Estados Unidos em relação ao país caribenho
atualizado
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Faltando nove dias para deixar o cargo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pretende reinserir Cuba na lista de Estados “patrocinadores do terrorismo”. Caso realmente seja tomada, a medida pode complicar o esforço do presidente eleito, Joe Biden, de retomar a distensão da relação com Havana que havia sido iniciada ainda no governo de Barack Obama. A informação é da agência Reuters.
De acordo com a reportagem, a designação de Cuba para a lista deve ser feita ainda nesta segunda-feira (11/1), a nove dias do fim do mandato, pelo secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo. Ele deve vincular a decisão ao antigo abrigo de Cuba de fugitivos norte-americanos e de líderes rebeldes colombianos, de acordo com a fonte.
Outro motivo que pode ser citado pelo governo norte-americano é o apoio de Cuba, governada pelos comunistas, ao presidente socialista venezuelano, Nicolás Maduro, disse a fonte, falando sob condição de anonimato.
O retorno de Cuba à lista seria mais um golpe na iniciativa do ex-presidente Barack Obama de suavizar as relações entre os antigos adversários da Guerra Fria. A decisão de Obama de remover formalmente Cuba da lista de terrorismo em 2015 foi um passo importante para restaurar os laços diplomáticos naquele ano.
A decisão sobre a lista de terrorismo ocorre após meses de revisão jurídica, com alguns especialistas do governo questionando se era justificada, segundo a fonte.