Trump critica investigação sobre interferência russa e ataca os Clinton
O presidente americano duvidou das investigações que apuram a interferência da Rússia nas eleições americanas
atualizado
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou seu perfil no Twitter na noite desta quinta-feira para atacar o trabalho feito pelo Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes americana. O presidente se referiu à investigação da comissão sobre uma possível interferência da Rússia nas eleições presidenciais americanas de 2016, que podem ter favorecido a campanha do republicano. Para ele, o caso Trump-Rússia “é um engano”.
Trump aproveitou o momento para duvidar do poder de investigação da comissão, ao falar sobre ligações entre Moscou e o casal Clinton. “Por que o Comitê de Inteligência da Câmara não está olhando para o acordo de Bill e Hillary Clinton, que permitiu que uma grande quantidade de urânio fosse para a Rússia?”, questionou o presidente. O republicano ainda afirmou que os russos pagaram por um discurso do ex-presidente Bill Clinton e colocou em xeque o relacionamento entre Moscou e Hillary.
O bilionário perguntou se o restabelecimento de Hillary com os russos tem relação com os elogios dela a Moscou ou com a empresa russa de Podesta, referindo-se ao chefe da campanha de Hillary à presidência, John Podesta.
A fala de Trump vem após uma onda de pedidos de deputados democratas para que o presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, o republicano Devin Nunes, se afaste das investigações sobre a possível interferência de Moscou nas eleições presidenciais americanas de 2016. Os pedidos vêm após Nunes ter afirmado que uma fonte da Casa Branca lhe mostrou relatórios de inteligência que apontavam nomes de pessoas ligadas a Trump citados por agências de inteligência. Segundo o principal democrata que atua na comissão, Adam Schiff, Nunes foi o único membro que viu essas informações.