“Temos que desconstruir muita coisa”, diz Bolsonaro sobre Brasil
Durante jantar com líderes conservadores nos EUA, presidente aponta como prioridade acabar com o que foi feito por governo anteriores
atualizado
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Em meio a lideranças políticas norte-americanas, durante jantar na embaixada brasileira nos Estados Unidos (EUA), nesse domingo (17/3), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) confessou que não pretende, em um primeiro momento, desenvolver nada no Brasil, mas desconstruir o que foi instaurado por governos anteriores.
“Nós temos é que desconstruir muita coisa. Desfazer muita coisa. Para depois nós começarmos a fazer. Que eu sirva para que, pelo menos, eu possa ser um ponto de inflexão, já estou muito feliz”, disse, durante o evento. “O nosso Brasil caminhava para o socialismo, para o comunismo”, completou, ao dizer que a vitória eleitoral foi “um milagre” para o país.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) acompanha o pai na viagem e divulgou um vídeo pelo Twitter com trechos do discurso do presidente brasileiro. No momento registrado, Jair Bolsonaro confessou que sempre teve admiração pelos Estados Unidos e se sentia “quase que em casa”.
Discurso de @jairbolsonaro abrindo o jantar com conservadores, jornalistas, pessoas do meio político e intelectuais em Washington DC.
Completo:https://t.co/MrE9aMfk88 pic.twitter.com/XeIk6sZoZE
— Eduardo Bolsonaro (@BolsonaroSP) 18 de março de 2019
A Olavo de Carvalho, sentado ao lado dele no jantar, o presidente agradeceu a parceria e disse que “em grande parte, devemos a ele a revolução que estamos vivendo”.
Relações com a China
A diminuição da relação do Brasil e dos Estados Unidos com a China também esteve entre os assuntos discutidos durante o jantar. Entre os defensores da proposta estão os ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Agricultura, Tereza Cristina, e o “guru” dos Bolsonaro, Olavo de Carvalho. Segundo a Folha de S.Paulo, foi o ex-estrategista de Donald Trump, Steve Bannon, que puxou o assunto.
O objetivo é aprimorar a produção agrícola entre os dois países e, assim, aumentar o poder de negociação com outras nações. De acordo com o veículo, Bannon teria dito que o Brasil fica vulnerável em relação a Pequim e os chineses olham para o país da mesma forma como enxergam a Austrália. Além disso, o ex-secretário comentou sobre programas de investimento da China.