Temer abre nesta terça-feira (25/9) a Assembleia-Geral da ONU
O presidente brasileiro deverá adotar o discurso de que as instituições do país são sólidas, assim como a democracia
atualizado
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O presidente Michel Temer abre, nesta terça-feira (25/9), a 73.ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, cumprindo a tradição desde 1955, que confere ao chefe de estado brasileiro a tarefa de discursar na abertura da sessão. Temer adotará um tom pacificador. Ao mencionar as eleições brasileiras, ele dirá que as instituições do país são sólidas, assim como a democracia.
Em evento a empresários estrangeiros ontem, Temer afirmou que não há risco de que as eleições levem o Brasil a um caminho fora da democracia. Na ONU, o presidente pretende também destacar a importância do comércio global e defender os organismos multilaterais de resolução de conflitos.
Após Temer, quem discursará é o presidente americano, Donald Trump, anfitrião do evento. Trump tem encampado medidas protecionistas e uma guerra comercial com a China, além de ameaçar retirar os EUA da OMC, na contramão do que Temer pretende defender.
Os dois presidentes costumam se encontrar na antessala da Assembleia-Geral para um cumprimento entre um discurso e outro. Trump deve adotar um tom diferente do discurso do ano passado, quando afirmou que “destruiria totalmente” a Coreia do Norte se não tivesse escolha. Na segunda-feira (25/9), em Nova York, ele se encontrou com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in e disse que Kim Jong-un tem sido “muito aberto e incrível”.
Venezuela
A situação dos imigrantes que deixam a Venezuela também será tema de conversas na ONU. Temer deve abordar a situação em seu discurso. Depois da abertura, o presidente brasileiro se encontrará com seu colega colombiano, Iván Duque, para analisar alternativas comuns à crise provocada pelo êxodo de venezuelanos.