Senado dos EUA aprova novo Orçamento. Texto vai ao plenário da Câmara
Acordo foi aprovado com 71 votos a favor e 28 contra após fim do prazo definido por lei
atualizado
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O Senado dos Estados Unidos (EUA) aprovou, na madrugada desta sexta-feira (9/2), um projeto de Orçamento para os próximos dois anos, faltando agora o sinal verde da Câmara Baixa, que permitiria a reabertura do governo, em fechamento parcial administrativo. O projeto recebeu o apoio de grande parte dos democratas e foi aprovado com 71 votos a favor e 28 contra.
Paralisação
A paralisação do governo, chamada em inglês de shutdown, é a segunda este ano e provoca o fechamento de agências, parques nacionais e de programas mantidos com verbas federais.
Em janeiro, o governo federal ficou paralisado três dias. Dessa vez, a expectativa, no início da madrugada, era de que a paralisação pudesse ser encerrada no decorrer do dia, mas depois do término da votação no Senado, o projeto ainda precisa ir ao plenário da Casa de Representantes (a Câmara dos Deputados).
A última paralisação começou no dia 20 de janeiro, quando o Congresso não conseguiu aprovar – por falta de acordo – uma lei de gastos de curto prazo. A paralisação terminou três dias depois, com a aprovação de uma lei para o governo voltar às atividades na quinta-feira.
O projeto orçamentário teve aumento de gastos federais de mais de US$ 300 bilhões e isso se soma ao impasse sobre o futuro dos jovens beneficiários do Daca – o programa de ação deferida para imigrantes chegados na Infância.
O programa perderá a validade no dia 23 de março se a Lei de Imigração, em análise no Congresso, não incluir uma proteção aos jovens beneficários, cerca de 800 mil em todo o país.
Na manhã dessa quinta-feira (8), os líderes estavam otimistas e afirmaram ter chegado a um acordo para votar, mas ao longo da tarde e à noite, críticas ao aumento de gastos, até mesmo de dentro da base republicana, e a Lei da Imigração, mais o controvertido projeto de construção do muro na fronteira com o México e o destino dos jovens imigrantes arrastou a votação e adiou um acordo.
O presidente Donald Trump é favorável à manutenção do Daca, mas quer garantidos os recursos para a construção do muro fronteiriço.