Secretário-geral da ONU afirma que não pode barrar chefes de Estado não vacinados
O presidente Jair Bolsonaro diz não ter tomado a vacina contra a Covid-19 e fará discurso no evento, na próxima semana
atualizado
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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou nesta quarta-feira (15/9) que não tem meios para exigir certificados de vacinação de todos líderes mundiais que comparecerão à Assembleia Geral, na próxima semana.
“Nós, como Secretariado, não podemos dizer a um chefe de Estado que, se ele não estiver vacinado, não poderá entrar na ONU”, afirmou Guterres, em entrevista à Reuters.
Essa foi uma resposta à decisão da prefeitura de Nova York de apenas permitir a entrada de pessoas vacinadas na sede das Nações Unidas.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que será um dos primeiros a discursar no evento, afirma não ter sido imunizado. Se o veto for aplicado, ele pode ser impedido de entrar no plenário da ONU.
A sede da ONU, contudo, é considerada território internacional e não está sujeita às leis dos Estados Unidos.
Carta a diplomatas
Mais cedo, uma carta – redigida pela prefeitura de Nova York – foi enviada pela ONU a diplomatas de todos os países, confirmando a necessidade de comprovação da vacinação para participar do evento.
“A prova de vacinação é exigida para certas atividades em ambientes internos, incluindo a sede das Nações Unidas”, diz o documento.