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Secretário de Estado critica posição de Trump sobre questões raciais

O presidente dos EUA disse condenar a “exibição flagrante de ódio, fanatismo e violência, em muitos lados” na cidade de Charlottesville

atualizado

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GAGE SKIDMORE
donald trump
1 de 1 donald trump - Foto: GAGE SKIDMORE

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, indicou em entrevista neste domingo (27/8) que os valores do presidente Donald Trump em relação ao racismo devem ser separados dos valores dos Estados Unidos, aparentemente repudiando a resposta do chefe de governo à violência em uma marcha de supremacia branca realizada recentemente no estado de Virgínia.

À época, Trump disse condenar a “exibição flagrante de ódio, fanatismo e violência, em muitos lados” na cidade de Charlottesville, o que gerou críticas ao presidente por equiparar moralmente os neonazistas com os indivíduos que protestavam contra eles.

Em entrevista a uma rede de TV, Tillerson disse que os EUA têm um compromisso inquestionável com a luta contra a injustiça racial. “Nós do Departamento de Estado expressamos os valores da América. Representamos o povo americano, representamos os valores dos Estados Unidos, nosso compromisso com a liberdade, nosso compromisso com a igualdade de tratamento das pessoas em todo o mundo, e essa mensagem nunca mudou “, afirmou. Quando perguntado sobre os valores de Trump, Tillerson disse que “o presidente fala por si mesmo”.

Críticas
Tillerson foi o segundo oficial da Casa Branca nos últimos dias a fazer críticas mais explícitas a Trump. Na semana passada, o principal consultor econômico do presidente, Gary Cohn, também reagiu à resposta sobre os acontecimentos em Virgínia, e revelou que chegou a escrever uma carta de demissão, mas nunca a apresentou. Alguns outros funcionários da Casa Branca, incluindo o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, defenderam Trump.

A resposta de Trump à violência de Charlottesville no início deste mês também provocou uma repreensão de um dos principais órgãos das Nações Unidas sobre discriminação racial, que exortou os Estados Unidos a rejeitarem “inequivocamente e incondicionalmente” o discurso racista de ódio e os crimes após a manifestação em Vigínia, e convocaram Trump para assumir a liderança.

Tillerson anteriormente condenou o discurso de ódio e o fanatismo de forma mais ampla como anti-americana e antitética aos valores em que os EUA foram fundados e promovem no exterior.

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