Rússia promete afrouxar sanções contra Turquia, durante visita de Erdogan
A dupla de autoridades se comprometeu a impulsionar os negócios e os laços nos setores de energia e turismo, em um encontro realizado para encerrar um período de meses de dificuldades na relação bilateral entre Moscou e Ancara
atualizado
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O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta terça-feira (9/8) na Rússia. A dupla de autoridades se comprometeu a impulsionar os negócios e os laços nos setores de energia e turismo, em um encontro realizado para encerrar um período de meses de dificuldades na relação bilateral entre Moscou e Ancara.
Em entrevista coletiva após as conversas, Putin disse que a Rússia irá gradualmente retirar as sanções comerciais impostas após jatos turcos F-16 derrubarem um avião russo perto da fronteira síria, em novembro, o que levou a um congelamento das relações diplomáticas. As sanções atingiram as exportações de frutas e vegetais da Turquia para a Rússia e restringiram o fluxo de turistas russos para as praias da Turquia, uma das principais fontes de caixa para este país.O encontro desta terça-feira foi o primeiro entre líderes russos e turcos desde que o avião foi derrubado. Erdogan enfatizou o desejo turco de realizar um gasoduto apoiado pela Rússia, chamado de Turkish Stream. Analistas já previam que a reunião teria como foco a possibilidade de que a Turquia se torne um centro de importância no gás natural para a Europa e os planos de Moscou para construir o gasoduto.
Durante a entrevista coletiva, os dois líderes se comprometeram a dialogar sobre a Síria, onde estão em lados diferentes, em uma reunião separada com delegações russas e turcas. Putin sugeriu que ele e Erdogan compartilham o entendimento sobre a necessidade de combater o terrorismo.
Bem como a sinalização do fim de um impasse diplomático de nove meses, as conversas em São Petersburgo marcaram a primeira viagem ao exterior de Erdogan desde o fracassado golpe contra ele no mês passado, que deixou mais de 250 mortos.