Questionado sobre Putin, Trump diz que EUA não são “tão inocentes”
O presidente americano, entretanto, elogiou o presidente da Rússia e tem expressado o desejo de estreitar os laços com o país
atualizado
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que respeita o presidente da Rússia, Vladimir Putin. A declaração foi dada em entrevista concedida ao canal de TV americano Fox. Quando um repórter chamou o líder russo de “assassino”, o republicano disse que os EUA tem muitos deles.
“O que você acha? Nosso país é tão inocente?”, disse Trump a Bill O’Reilly, em um trecho da conversa divulgado pelo canal.
Trump tem expressado o desejo de estreitar os laços com Moscou, elogiou Putin e sinalizou que a relação entre os dois países pode ser restaurada, mesmo depois de agências de inteligência norte-americanas terem determinado que os russos se intrometeram na eleição presidencial de 2016 para ajudar Trump a derrotar sua então rival democrata, Hillary Clinton.
“Eu respeito muitas pessoas, mas isso significa que eu vou me dar bem com ele. Ele é o líder do país dele. Eu digo que é melhor se dar bem com a Rússia que o contrário. E se os russos nos ajudarem na luta contra o Estado Islâmico e contra o terrorismo islâmico em todo o mundo, isso é uma coisa boa”. “Vou me dar bem com ele? Eu não tenho ideia”, disse Trump.O entrevistador disse a Trump que Putin era um assassino e o republicano respondeu que “há vários assassinos”. “Nós temos muitos assassinos. O que você acha? Nosso país é tão inocente?”. O mandatário não citou, no entanto, nenhuma ação específica dos EUA.
O líder republicano do Senado, Mitch McConnell de Kentucky, rejeitou os comentários de Trump. “Putin é um ex-agente da KGB. Ele é um bandido. Ele não foi eleito de uma forma que a maioria das pessoas consideram confiável. Os russos anexaram a Crimeia, invadiram a Ucrânia e bagunçaram nossas eleições. E não; eu não acho que haja qualquer equivalência entre a forma com que os russos conduzem sua política e a forma em que os EUA o fazem”, disse McConnell em uma entrevista à CNN.