Procurador-geral da Venezuela quer impedir Guaidó de sair do país
Pedido foi enviado à Tribunal Supremo de Justiça sob o argumento de que o líder opositor venezuelano praticou atividades anti-governamentais
atualizado
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O Procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou nesta terça-feira (29/1) que enviou à Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) um pedido para proibir o líder opositor Juan Guaidó de sair do país e para congelar as suas contas bancárias sob o argumento de atividades antigovernamentais, embora não tenha especificado quais seriam os crimes. O tribunal deverá decidir se acatará ao pedido.
O procurador, que se denomina chavista, explicou que essas medidas fazem parte da investigação que pediu ao TSJ (de linha governista) em 23 de janeiro, quando Guaidó se declarou presidente, acusando-o de usurpar as funções de Nicolás Maduro.
Após saber a decisão, o opositor afirmou que não se surpreende das decisões de Saab por considerar que formam parte de uma cadeia de “ameaças” contra ele e a Assembleia Nacional, de maioria opositora.
“Não estou descartando uma ameaça de prisão, não quero que seja assim da nossa parte. Muito responsavelmente eu digo ‘nada novo sob o sol’. Lamentavelmente, é um regime que não dá resposta ao venezuelano. A única resposta é a perseguição, repressão”, declarou Guaidó na entrada do Palácio Legislativo. “Mais que uma ameaça nova à minha pessoa, a este Parlamento, à presidência interina da República, não há nada novo.”
Juan Guaidó planejava encabeçar uma sessão no Congresso para debater como montar um governo de transição e “eleições livres”, o que Maduro denunciou como parte de um golpe de Estado comandado pelos Estados Unidos.