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Primeiro-ministro interino do Haiti deixará o cargo, diz jornal

Claude Joseph é investigado por suposto envolvimento na morte do presidente do país, Jovenel Moïse, em 7 de julho

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1 de 1 primeiro ministro - Foto: Reprodução/Twitter

O primeiro-ministro interino do Haiti, Claude Joseph, vai renunciar ao cargo. Ele é investigado por suposto envolvimento no assassinato do presidente do país, Jovenel Moïse, em 7 de julho. A informação é do The Washington Post.

Segundo o jornal norte-americano, o cargo agora deve ser ocupado por Ariel Henry, escolhido por Moïse para assumir o lugar de Joseph dias antes do magnicídio.

Joseph teria mandado executar Moïse para tomar o poder. O país vive forte crise política desde 2015, quando a eleição foi cancelada. A partir de então, a escalada de instabilidade e violência só aumentou.

O suspeito deixaria o cargo de premiê no dia em que Moïse foi morto. Dois dias antes, o presidente havia nomeado Ariel Henry como novo primeiro-ministro – o sétimo em quatro anos.

De acordo com a imprensa colombiana, as autoridades haitianas, investigadores do FBI e a polícia federal americana consideram Joseph, o ex-senador John Joël Joseph, que está foragido, e o médico Christian Sanon os mandantes do crime.

Ainda segundo a TV Caracol, os planos para o assassinato estariam sendo feitos desde novembro na sede da empresa de segurança CTU, com base em Miami, nos EUA, em reunião com a participação dos supostos mandantes, de um diplomata haitiano, de dois colombianos chefes dos mercenários e do dono da CTU.

Para chegar aos nomes, a investigação analisou fotos da reunião e chamadas telefônicas que vinculam o premiê à CTU, empresa que teria contratado os mercenários colombianos que atuaram no crime. O envolvimento de Joseph foi detalhado durante depoimento dos militares presos, também segundo a Caracol.

De acordo com a investigação, a CTU e outras empresas de segurança investigadas entraram em contato com ao menos 200 militares colombianos aposentados para oferecer um trabalho no Caribe. Mais de 20 ex-militares colombianos estão envolvidos no assassinato, 18 deles estão presos, e três, mortos.

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