Pela segunda vez, Rússia envia aviões de guerra para a Venezuela
Os europeus já haviam mandado aeronaves em dezembro para manobras conjuntas e “preparar a defesa do país caso seja necessário”
atualizado
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A Força Aérea da Rússia enviou, na noite de sábado (23/3), dois aviões com tropas para a Venezuela. Desembarcaram das aeronaves um oficial russo do Ministério da Defesa e cerca de 100 tropas. As informações são da agência Reuters.
É a segunda vez que a Rússia manda aviões para o país sul-americano. Em dezembro, dois bombardeiros com capacidade nuclear foram enviados para realizar exercícios militares a fim de preparar a Venezuela “caso seja necessário”.
Os aviões saíram da Rússia na sexta-feira (21) e um outro deixou o aeroporto de Caracas em direção ao país de Vladimir Putin neste domingo (24). As movimentações foram registradas por sites que monitoram voos.
Segundo o jornalista venezuelano Javier Mayorca, 99 militares russos desembarcaram no aeroporto de Maiquetía, em Caracas, a pedido do general Vasily Tonkoshkurov, e foram recebidos por Marianny Mata, diretora-geral de Integração e Assuntos Internacionais da Venezuela.
ULTIMA HORA Esta tarde llegó al aeropuerto de Maiquetía una comitiva de 99 militares rusos, al mando del ministro de la Defensa del país mayor gral Vasilly Tonkoshkurov. Fueron recibidos en rampa presidencial por la VA Marianny Mata,dir Asuntos Internacionales e Integración(1/2)
— Javier I. Mayorca (@javiermayorca) 24 de março de 2019
Ainda segundo Mayorca, um outro avião, carregado com 35 toneladas de materiais, vindo da Rússia, pousou no terminal cargueiro do aeroporto. A bagagem pertence ao contingente russo que desembarcou pouco antes.
Desde o fim de janeiro, após o opositor Juan Guaidó se autoproclamar presidente interino da Venezuela, há tensão sobre uma possível ação militar coordenada pelos Estados Unidos para derrubar o presidente Nicolas Maduro. No dia 22 de fevereiro, a Rússia acusou os norte-americanos de usar a ajuda humanitária enviada como “um pretexto para uma ação militar” para derrubar o presidente Nicolás Maduro.
A Rússia não reconheceu Juan Guaidó como presidente legítimo da Venezuela, assim como México, Cuba, Colômbia, Nicarágua, China, Turquia e Coreia do Norte. Já o Brasil, Estados Unidos e outros mais de 30 países, demonstraram apoio ao opositor de Maduro.