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Parlamento Europeu diz que Bolsonaro comete crime contra a humanidade

Deputados alegam que o Brasil é, no momento, uma grande ameaça global. Ativistas chamam o presidente de “genocida”

atualizado

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1 de 1 Presidente Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Parlamento europeu, em uma audiência nesta quinta-feira (15/4), responsabilizou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pela crise sanitária que o Brasil enfrenta, por conta da pandemia da Covid-19. Deputados avaliaram a situação do país e afirmaram que a crise é responsabilidade do chefe do Executivo.

Na audiência, políticos ressaltaram que o Brasil é uma ameaça sanitária global, devido à forma como trata a Covid-19. O debate serve para medir o impacto e a repercussão da crise nacional, e para promover discussões e questionamentos internacionais, mas não resultará em uma votação.

A deputada Anna Cavazzini disse que o momento que o Brasil enfrenta é uma “tragédia”, que “poderia ter sido evitada, e baseada em decisões políticas equivocadas”.

Ela cobrou respostas sobre a morte de indígenas e o fracasso nas políticas. Adicionalmente, Cavazzini pondera sobre o que o governo vai fazer para lidar com a fome. “A Covid-19 virou uma crise social, com pessoas indo para cama com fome. O que o governo vai fazer sobre isso?”, questionou.

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Já o deputado Miguel Urban Crespo disse: “Bolsonaro declarou guerra aos pobres, à ciência, à vida e à medicina”. Segundo ele, a crise “tem causa política e tem um responsável”.

“Vamos dizer claramente: a necropolítica de Bolsonaro é um crime contra a humanidade, contra o povo brasileiro”, afirmou. Para ele, é uma “autêntica vergonha” a UE continuar negociando acordo comercial com o Mercosul.

Direitos humanos

As críticas a Bolsonaro não pararam apenas no tema Covid-19. Quando foi discutido o assunto de direitos humanos no Brasil, o presidente foi chamado de “genocida”, por medidas agressivas contra ativistas.

“Enfrentamos um genocida no poder”, declarou a defensora de direitos humanos Claudelice Santos, convidada a debater no parlamento.

Já o embaixador do Brasil na União Europeia, Marcos Galvão, chamou o Brasil de “grande democracia” e pediu que “se deixe a política para depois”. “Não vamos salvar vidas hoje ou semana que vem se entrar nesse debate, que já está ocorrendo”, disse. Segundo ele, sua missão era a de pedir ajuda e para que a UE coloque a influência política para socorrer o país.

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