Para Guaidó, com incineração de comida, Maduro mostrou pior face
O autodeclarado presidente venezuelano se reunirá na próxima semana com integrantes do Grupo de Lima para articular ações: Mourão participa
atualizado
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Em pronunciamento na noite deste sábado (23/2), em Cúcuta, na Colômbia, o autodeclarado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, disse que todos viram, ao longo do dia, a “pior face da ditadura venezuelana”. Guaidó falou sobre as cargas de comida e alimentos incinerados e chamou Nicolás Maduro de “assassino”.
“Ele é o assassino. Hoje, todos viram a pior parte da ditadura na venezuelana. Eles bloquearam o caminho da liberdade do país. Com esse massacre, lamentavelmente, nós convivemos há anos”, avaliou o opositor, ao lado do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, e do presidente da Colômbia, Iván Duque Márquez.
Alegando que o presidente Nicolás Maduro é um “usurpador” do poder, Guaidó disse que participará na próxima semana da reunião do Grupo de Lima, que reúne chanceleres de vários países da América Latina, para, segundo ele, articular “possíveis ações diplomáticas”. O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), representará o Brasil no encontro.
Guaidó indicou que prosseguirá em uma articulação internacional para derrubar Maduro. “Não vamos descansar até conseguir a liberdade para a Venezuela”, disse. “Minha responsabilidade como presidente é buscar caminhos para a verdadeira democracia em nosso país”, justificou.
No balanço das ações deste sábado, Guaidó ainda ressaltou que ficou evidente que Maduro não tem o apoio das Forças Armadas como alardeia. Cerca de 60 militares desertaram e buscaram asilo político na Colômbia. “Agora, militares e Forças Armadas sentem a resistência do governo em convocar eleições livres”, disse.
“Vamos continuar mobilizados para dar fim a essa tirania. Não há mais dúvidas em relação à posição das Forças Armadas”, considerou. “Hoje está começando o processo para a transição para a democracia e o entrave para isso é Nicolás Maduro”, destacou ainda o presidente interino.
Luis Almagro endossou o pensamento de Guidó sobre Maduro: “Esse regime é usurpador e iniciamos um processo de diálogo para levar essa ajuda humanitária à Venezuela”.