Países do Grupo de Lima não reconhecem Constituinte venezuelana
Maioria dos países americanos condena a decisão da Assembleia de legislar no lugar do Parlamento do país
atualizado
Compartilhar notícia
Os governos do Brasil, Argentina, Canadá, Chile, México e de outros sete países americanos condenaram a decisão da Assembleia Constituinte da Venezuela de assumir a função de legislar no lugar do Parlamento Nacional venezuelano, onde a maioria dos representantes se opõe ao governo do presidente Nicolás Maduro.
Em comunicado divulgado na noite desta sexta (18/8), o chamado Grupo de Lima afirma não reconhecer a legitimidade da Assembleia Constituinte. Instaurada no último dia 4 de agosto para discutir mudanças na Constituição atual, a Assembleia Constituinte é totalmente integrada por aliados de Maduro.
Os 12 países signatários da nota ratificam seu apoio à Assembleia Nacional da Venezuela e reafirmam a decisão de intensificar consultas para a aplicação da Carta Democrática Interamericana, aprovada em 2001, pela Assembleia da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Além de Brasil, Argentina, Canadá, Chile, México, também assinam o documento os governos da Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai e Peru.
Mercosul
Também nesta sexta (18/8) , o Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota em que diz que os países fundadores do Mercosul – Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina – condenam e não reconhecem a decisão da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela de “usurpar” as atribuições do parlamento venezuelano.
“Os países fundadores do Mercosul não reconhecem essa medida ou qualquer outra adotada pela Assembleia Constituinte, cuja convocação foi feita ao arrepio da ordem constitucional venezuelana”, diz o comunicado.