Otan descarta enviar tropas à Ucrânia e diz estar pronta para resposta
O secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, disse que planos de segurança foram ativados, o que permite uma rápida reação
atualizado
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O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, disse nesta quinta-feira (24/2) que a aliança do Ocidente não tem tropas na Ucrânia e nem planeja enviar soldados para o país atacado na madrugada pela Rússia.
Stoltenberg declarou que a aliança já reforçou suas tropas no Leste Europeu para se defender de possíveis ataques e apontou que qualquer ofensiva contra algum aliado do bloco será considerada um ataque a todos.
Ele informou ainda que os planos de defesa foram ativados após o ataque ordenado pelo presidente russo, Vladimir Putin, o que permite uma mobilização mais rápida das tropas.
Dessa forma, uma possível reação do Ocidente contra a Rússia se daria fora do território ucraniano.
“Não temos tropas de combate dentro da Ucrânia. Deixamos claro que não temos planos nem intenção de deslocar tropas da Otan para a Ucrânia. Já aumentamos e estamos aumentando ainda mais a presença de tropas da Otan na parte ocidental da aliança, em território da Otan”, disse Stoltenberg.
Uma reunião do Conselho de Segurança da Otan foi marcada para esta sexta-feira (25/2). O objetivo é tratar da reação aos ataques russos à Ucrânia.
O chefe da Otan ainda ponderou que todas as formas políticas para tentar evitar uma guerra foram tentadas com Putin. No entanto, segundo ele, a medida anunciada pela Rússia mostra que o diálogo nunca foi levado a sério pelo país.
“Tentamos achar essa solução política mas, apesar dos esforços diplomacia, a Rússia deciciu, mais uma vez, pelo conflito”, disse. “A Rússia fechou a porta para solução política e a gente sente muito”.
Na madrugada desta quinta, Putin anunciou o início das operações militares no leste da Ucrânia, alegando necessidade de proteger os civis. Ataques foram registrados em cidades de todo o país. O governo ucraniano afirma que a invasão não se resume às regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, reconhecidas pela Rússia na segunda-feira (22/2).
Na manhã desta quinta, a Ucrânia foi atingida por uma segunda onda de mísseis, segundo um assessor próximo do presidente Volodymyr Zelensky. O governo ucraniano fala em oito mortos e diz que está respondendo aos ataques.