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Netanyahu acusa árabes de incitar violência em meio a onda de esfaqueamentos

Em ações aleatórias, sem filiação com partidos ou movimentos, palestinos realizaram três ataques a facadas nesta segunda-feira (12/10), em Jerusalém

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Em ações aleatórias, sem filiação com partidos ou movimentos, palestinos realizaram três ataques a facadas nesta segunda-feira em Jerusalém, deixando um adolescente israelense em estado crítico. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou os líderes dos partidos árabes em Israel de incitar a violência no país, que já dura semanas. Dois dos responsáveis pelos ataques, ambos adolescentes, foram mortos pela polícia.

Em um discurso inflamado na Knesset, o Parlamento israelense, Netanyahu acusou os partidos árabes de “minar” o país. Ele pediu aos cidadãos árabes de Israel para “expulsar os extremistas entre vocês”.

A segunda-feira sangrenta em Israel é mais um dia em meio a onda de violência que já dura um mês entre israelenses e palestinos. Em um novo revés nas tentativas de restabelecer a calma, uma autoridade palestina afirmou que uma delegação de enviados especiais para o Oriente Médio, com o objetivo de discutir a paz, cancelou a viagem para a região.

A polícia israelense reportou três esfaqueamentos em locais diferentes de Jerusalém, incluindo um ataque por duas pessoas na área de Jerusalém Oriental de Pisgat Zeev. A polícia afirmou que a dupla feriu gravemente um homem de 20 anos antes de atacar um adolescente que estava de bicicleta.

O jovem foi gravemente ferido antes de a polícia atirar e matar um dos responsáveis pelo ataque, enquanto o outro foi atropelado por um carro. Abdel Nasser Manasra, parente de Ahmed e Hassan, de 13 e 15 – responsáveis pelo ataque – afirmou que os dois eram primos.

Outros ataques ocorreram na Cidade Velha de Jerusalém, aonde um agressor de 17 anos foi morto e outra ação aconteceu na parte externa da sede da polícia nacional. A responsável pelo ataque, uma menina de 16 anos, levou um tiro.

Os distúrbios iniciaram no mês passado, com confrontos no local considerado mais sagrado em Jerusalém, no Monte do Templo, aonde encontra-se a mesquita de Al-Alqsa, e rapidamente se espalharam por todo o território.

Cinco israelenses foram mortos em esfaqueamentos, um tiroteio e um ataque de pedras, enquanto ao menos 25 palestinos, incluindo 10 agressores, foram mortos. Diversas crianças palestinas, incluindo uma menina de 2 anos que foi morta com sua mãe em ataque aéreo em Gaza, estão entre as vítimas. Centenas de palestinos foram feridos em confrontos com o exército israelense na Cisjordânia.

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