Mercosul aciona mecanismo capaz de expulsar Venezuela, diz Brasil
O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, confirmou que durante uma reunião do Mercosul a possibilidade de expulsão foi discutida
atualizado
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O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes, afirmou neste sábado (1º/4) em Buenos Aires, pouco depois da reunião de chanceleres do Mercosul para discutir a situação na Venezuela, que foi iniciado o processo que pode culminar na expulsão do país do bloco regional.
Questionado sobre se o documento firmado com outros chanceleres – Eladio Loizaga, do Paraguai, Susana Malcorra, da Argentina, e Rodolfo Nin Novoa, do Uruguai – na capital argentina seria a aplicação da cláusula democrática contra Caracas, o brasileiro afirmou apenas que “os mecanismos estão iniciados”.
Os chanceleres dos quatro países fundadores do Mercosul se reuniram de forma urgente em Buenos Aires neste sábado depois que, na quinta-feira, o Tribunal Supremo da Venezuela (TSJ) decidiu assumir as funções do Legislativo, controlado pela oposição. Neste sábado, o TSJ recuou e revogou a sentença.
Em uma declaração conjunta chamada de “Levando em consideração a ruptura da ordem democrática na República Bolivariana da Venezuela”, os chanceleres exortaram a Venezuela a garantir a separação dos poderes e a respeitar o cronograma eleitoral previsto.
“Vimos claramente que tem havido uma intromissão sistemática do Tribunal Supremo de Justiça sobre a Assembleia Nacional e a questão do desacato tem sido usada sistematicamente ao longo do tempo (…) isso mostra que a separação dos poderes, que é a essência da ordem democrática, não se cumpre”, disse a chanceler argentina, após o encontro.“Estamos defendendo que se cumpra o cronograma eleitoral para a votação de governadores, que foram adiadas (em 2016), para autoridades regionais previstas para 2017 e para as presidenciais de 2018”, completou a chanceler argentina.