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Mapa: crises políticas e econômicas se agravam na América do Sul

Na última semana, Peru e Equador enfrentaram dramas institucionais, unindo-se a países como Argentina e Venezuela em maré de más notícias

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Venezuela
1 de 1 Venezuela - Foto: Rafael Hernandez/picture alliance via Getty Images

O noticiário envolvendo a América do Sul está pesado. Apenas na última semana, o governo do Equador decretou estado de exceção para conter violentos protestos, e o Congresso do Peru foi dissolvido pelo presidente do país. Essas nações se unem a outros vizinhos do Brasil, como Venezuela (imagem em destaque), Paraguai e Argentina, que já enfrentam dificuldades políticas – e sociais e econômicas – há mais tempo, formando uma espécie de onda de crises no continente.

Essa onda tem pontos em comum e força para continuar arrastando mais países, avalia o especialista em relações internacionais Tomaz Oliveira Paoliello, pesquisador da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

“A questão socioeconômica atravessa essas crises. A população dos países que passam por dificuldades políticas sofre com questões como desemprego e queda na renda. Ainda é uma consequência da grande crise econômica mundial de 2008, que chegou aqui um pouco mais tarde, mas ficou”, avalia.

“Os problemas econômicos ajudam a agravar as rachaduras sociais e ideológicas nas sociedades latinas. E isso se reflete na qualidade da democracia, claro. Também não podemos ignorar que em vários países, incluindo o Brasil, ganharam poder setores da sociedade que são abertamente antidemocráticos, e a democracia sofre quando é atacada”, completa.

Para Paoliello, também afeta o continente o fato de o Brasil ter se afastado de uma posição de liderança ativa na região. “Para o bem ou para o mal, o Brasil exercia uma liderança que trazia algum tipo de estabilidade, ao longo dos governos de Fernando Henrique Cardoso e de Lula. Hoje, principalmente desde o governo de Michel Temer, isso acabou, é visível. Um exemplo foi o processo de paz na Colômbia, com as Farc [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia]. Depois de participar historicamente do processo, quando o acordo foi fechado, o Brasil não estava na foto. Sobre as crises no Peru e no Equador, você não vai achar uma frase do presidente do Brasil. Éramos um fator de estabilidade, e nossa saída desse papel gera instabilidade”, opina ele.

Veja abaixo detalhes da crise em cinco dos nossos vizinhos, levando em consideração crescimento econômico, crise política e crises humanitárias. É só passar o mouse em cima dos países destacados:

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