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Maduro prende vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela

Édgar Zambrano e mais nove deputados foram acusados de traição pelo Tribunal Supremo do país por apoiarem levante convocado por Guaidó

atualizado

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Edgar zambrano_venezuela
1 de 1 Edgar zambrano_venezuela - Foto: Twitter/Reprodução

O Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) prendeu nesta quarta-feira (08/05/2019) o vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Édgar Zambrano. Ele e mais nove parlamentares do país foram acusados de traição pelo Tribunal Supremo de Justiça, por apoiarem o levante popular convocado pelo autoproclamado presidente interino do país, Juan Guaidó, na semana passada, a fim de depor o presidente eleito, Nicolás Maduro – considerado “ursupador” pelos opositores.

Zambrano publicou em sua conta no Twitter que estava cercado pelos agentes da Sabin, na saída da sede do partido Ação Democrática, em Caracas, capital venezuelana. Confira:

Segundo o político, ele seria levado, de maneira forçada, para o Helicoide, edifício que sedia o serviço de inteligência do país, na capital, e também de prisão. “Nós, democratas, nos manteremos em pé de guerra”, disse.

Juan Guaidó também denunciou a prisão, considerada por ele como sequestro do vice-presidente da Assembleia, via Twitter.

Ao todo, 10 parlamentares podem ir a julgamento na Suprema Corte venezuelana, sob acusação de traição, conspiração e rebelião. São eles, além de Zambrano, Freddy Superlano, Sergio Vergara, Juan Andrés Mejía, Mariela Magallanes, Américo de Grazia, Henry Ramos Allup, Luis Florido, Simón Calzadilla e Richard Blanco.

Eleições livres
O Grupo Internacional de Contato (GIC), do qual fazem parte oito países da União Europeia (França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Portugal, Espanha, Suécia e Reino Unido) e mais três nações da América Latina (Uruguai, Equador e Costa Rica), divulgou declaração em apoio a uma missão política à Venezuela. O objetivo é apresentar e discutir opções concretas para uma solução pacífica e democrática aos conflitos no país.

O documento é resultado de encontro, a nível ministerial, realizado em San José, na Costa Rica, durante o qual os integrantes do grupo reafirmaram seus compromissos com uma saída “decidida pelos próprios venezuelanos, mediante a realização de eleições presidenciais livres e justas o quanto antes”. É a mesma posição defendida pelo Brasil, que apoiou o movimento deflagrado por Juan Guaidó.

De acordo com a documento publicado, é fundamental um processo político com credibilidade e, para isso, são necessárias “medidas urgentes significativas para forjar confiança, tais como a liberação de presos políticos e mudanças nos respectivos poderes do Estado, a fim de torná-los independentes e que prestem contas de seus atos”. Para o grupo, a prioridade é frear a escalada de violência, restaurar a democracia, o Estado de Direito e a separação dos poderes.

“O GIC condena firmemente os processos judiciais viciados destinados a criminalizar os protestos e as opiniões políticas, tais como as ações empreendidas contra vários Representantes da Assembleia Nacional. Os dirigentes e membros dos partidos precisam levar seu trabalho de maneira pacífica, sem intimidação nem represálias”, diz trecho da declaração. “A Assembleia Nacional, eleita democraticamente e presidida por Juan Guaidó, deve ser o centro da vida política do país, suas prerrogativas constitucionais devem ser respeitadas conforme a legislação nacional e a imunidade parlamentar de seus membros deve ser plenamente garantida”, acrescenta o texto. (Com agências)

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