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Maduro chama Bolsonaro de “imbecil” por relacionar vacina à Aids

Ditador reclamou que Bolsonaro passa os dias criticando a Venezuela em vez de atender ao povo brasileiro

atualizado

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Miguel Gutierrez/Agência Lusa
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1 de 1 maduro-840×5621 - Foto: Miguel Gutierrez/Agência Lusa

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rechaçou declaração feita pelo presidente Jair Bolsonaro na última quinta (21/10), na qual espalhou desinformação ao relacionar as vacinas contra a Covid-19 ao desenvolvimento da Aids. O vídeo foi retirado do ar pelo Facebook, Instagram e YouTube por violação das diretrizes das plataformas.

Em discurso transmitido na terça-feira (26/10) pela TV estatal venezuelana, o ditador afirmou que o “imbecil do Jair Bolsonaro” disse uma estupidez “típica de alguém de direita, desprestigiado, não querido pelo seu povo”.

“Bolsonaro chegou à loucura de dizer que a vacina contra o coronavírus, que é um produto da ciência mundial, que está protegendo e salvando vidas, provoca Aids”, disse Maduro. “Como se pode chamar uma pessoa que diz isso? Irresponsável, louco, fajuto, impostor”.

Maduro ainda chamou o presidente brasileiro de “neonazista” e “neofascista” e criticou outras falas dele relacionadas à Covid-19.

Na tradicional live de quinta-feira, Bolsonaro afirmou que “relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados, aqueles com 15 dias após a segunda dose, estão desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Aids) muito mais rápido que o previsto”, uma afirmação dissociada da realidade.

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou uma nota no domingo (24/10) desmentindo Bolsonaro e afirmando que “não se conhece nenhuma relação entre qualquer vacina contra a Covid-19 e o desenvolvimento de Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (HIV/Aids)”.

Maduro também já sofreu sanções das redes sociais por propagar o Carvativir, remédio que não tem eficácia comprovada no tratamento da Covid-19.

De acordo com dados oficiais, a Venezuela tem mais de 401 mil casos de Covid-19 e 4.822 mortes em decorrência da doença. Especialistas estimam que os números podem estar subnotificados pelo governo.

Críticas à Venezuela

Na declaração de terça-feira, Maduro ainda reclamou que o presidente brasileiro passa os dias criticando a Venezuela em vez de atender ao povo brasileiro. Bolsonaro frequentemente ressalta a situação econômica do país vizinho e afirma que o Brasil pode seguir o mesmo caminho.

No dia em que Maduro o criticou, Bolsonaro visitou um acampamento da Operação Acolhida, que recebe imigrantes do país, em Boa Vista, Roraima. Bolsonaro expôs em vídeo famílias venezuelanas abrigadas pela operação. O chefe do Executivo Federal acusou a esquerda brasileira de apoiar o regime que causou sofrimento à população do país vizinho.

“O que a gente quer mostrar para o povo brasileiro? A gente não quer isso para o nosso país, muitos têm foco apenas numa área, mas temos que o nosso bem maior é a liberdade”, disse Bolsonaro.

“As escolhas erradas levam a isso, quem tem um pouquinho de mais idade e acompanha, o presidente brasileiro do passado ia na Venezuela fazer campanha para o Chávez e Maduro, sempre enganando o povo e dizendo que vai dar o melhor, o outro é o ‘malvadão’. Induzindo as pessoas a ir pra esquerda se associar ao socialismo, com aquele discurso maravilhoso, mas que na prática é diferente”, disse Bolsonaro ao lado da menina venezuelana.

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