Justiça dos EUA divulga documento que embasou buscas na casa de Trump
Ex-presidente estaria mantendo mais de 700 páginas de documentos com informações confidenciais da Defesa Nacional e da Casa Branca
atualizado
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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos tornou público, nesta sexta-feira (26/8), trechos do depoimento utilizado para embasar o pedido de buscas na residência do ex-presidente Donald Trump, na Flórida, no início do mês.
Ao todo, o documento que fundamentou a decisão contém 32 páginas, sendo que 11 foram totalmente censuradas pelo órgão e outras 23 sofreram algum tipo de edição. O objetivo da não divulgação de algumas partes é preservar a investigação contra Trump, que ainda não se encerrou.
De acordo com o material, Trump estaria mantendo mais de 700 páginas de documentos com informações confidenciais da Defesa Nacional e da Casa Branca, incluindo uma relação de espiões e informantes.
O conteúdo apreendido também traz anotações manuscritas do ex-presidente com informações de interesse da inteligência nacional.
Operação
Agentes do Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI) cumpriram mandado de busca na mansão do ex-presidente Donald Trump, no início deste mês. Na ocasião, foram recuperados uma série de documentos oficiais, incluindo alguns considerados como ultrassecretos e que deveriam estar armazenados apenas em instalações especiais do governo.
Trump nega irregularidades e alega que os itens apreendidos em sua casa não eram considerados sigilosos ou secretos.
Dentre os itens removidos pelo FBI em Mar-a-Lago contam 20 caixas, pastas de fotos e uma carta de clemência escrita em nome do estrategista político Roger Stone, um aliado de longa data de Trump. Também foram recuperadas informações sobre o “Presidente da França”, mas não houve divulgação desse conteúdo.