Jeanine Añez é presa na Bolívia sob acusação de golpe contra Morales
A ex-presidente disse que a prisão, ocorrida na madrugada deste sábado, é ato de abuso e perseguição política do atual governo
atualizado
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A ex-presidente da Bolívia Jeanine Añez foi presa, na madrugada deste sábado (13/3), de acordo com informação do ministro de Governo boliviano, Carlos Eduardo del Castillo. Ela é investigada por envolvimento no “golpe de Estado” que derrubou de Evo Morales em 2019.
Informo al pueblo boliviano que la señora Jeanine Añez ya fue aprehendida y en este momento se encuentra en manos de la Policía.#Justicia
— Carlos Eduardo Del Castillo Del Carpio (@EDelCastilloDC) March 13, 2021
A ex-presidente também usou as redes sociais para alegar que a prisão é um ato de abuso e perseguição e que o chamado golpe “nunca ocorreu”.
“Denuncio à Bolívia e ao mundo que em um ato de abuso e perseguição política o governo do MAS ordenou que eu fosse presa. Ele me acusa de ter participado de um golpe que nunca aconteceu. Minhas orações pela Bolívia e por todos os bolivianos ”, publicou Áñez, em seu perfil no Twitter, minutos após o ministro anunciar a prisão dela pela mesma rede social.
Denuncio ante Bolivia y el mundo, que en un acto de abuso y persecución política el gobierno del MAS me ha mandado arrestar. Me acusa de haber participado en un golpe de estado que nunca ocurrió. Mis oraciones por Bolivia y por todos los bolvianos.
— Jeanine Añez Chavez (@JeanineAnez) March 13, 2021
Añez foi detida na madrugada deste sábado, após a emissão de um mandado de prisão que levou a polícia a cercar a casa dela na sexta-feira (12/3) e revistá-la.
A ex-presidente interina da Bolívia é acusada de crimes de sedição, terrorismo e conspiração. As autoridades não informaram onde a ex-presidente está detida.
Além dela, o Ministério Público boliviano pediu a prisão de cinco ex-ministros. O ex-ministro da Energia, Rodrigo Guzmán, havia sido detido em Trinidad. Os outros ministros procurados pelo MP são: Arturo Murillo, Yerko Núñez, Luis Fernando López e Álvaro Coimbra.