Filho de Cristina Kirchner deixa liderança na Câmara por rejeitar FMI
Máximo Kirchner discorda dos termos definidos pelo presidente Alberto Fernández. Acordo ainda precisa de aprovação do Congresso
atualizado
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O deputado Máximo Kirchner, filho da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, deixou a liderança do bloco governista da Câmara dos Deputados. A mudança ocorreu devido às discordâncias do parlamentar sobre o acordo costurado pelo presidente Alberto Fernández com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
De acordo com Máximo, a decisão foi tomada considerando também o cenário de 10 de dezembro de 2023, data das próximas eleições presidenciais no país.
“Não apoio a estratégia usada e muito menos os resultados obtidos na negociação com o FMI, levada adiante exclusivamente pela equipe econômica”, explica o parlamentar, em carta aberta.
“Nunca deixei de expor minha visão […], mas é melhor dar um passo para o lado para que, assim, ele [Alberto Fernández] possa indicar alguém que acredite nesse programa do FMI”, continua Kirchner.
A população foi às ruas para protestar contra o acordo feito pelas autoridades do país com o organização financeira.
O país deve uma quantia aproximada de US$ 44 bilhões (R$ 236,7 bi) para o fundo. Parte da dívida vem do governo de Mauricio Macri, último presidente argentino.
Veja o pronunciamento completo do parlamentar:
#Comunicado pic.twitter.com/QUI3VMLUQ7
— Máximo Kirchner – Prensa (@MaximoKirchner_) February 1, 2022