Facebook derruba campanha russa que pretendia atingir política americana
Segundo o Facebook, foi derrubada uma rede de 13 contas e duas páginas da rede social que se passavam por jornalistas
atualizado
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O Facebook derrubou uma campanha ligada à Rússia, ainda no início, destinada a promover o caos político nos Estados Unidos. Segundo informações divulgadas pela empresa de Mark Zuckerberg nesta terça-feira (1/9), o trabalho foi realizado a partir de uma dica do Departamento Federal de Investigação (FBI).
Segundo o Facebook, foi derrubada uma rede de 13 contas e duas páginas da rede social que se passavam por jornalistas e tinham como alvo progressistas de esquerda, pela violação de uma política da plataforma contra “interferência estrangeira”.
A investigação, ligada à Agência de Pesquisa da Internet (IRA) da Rússia, começou com uma denúncia do FBI americano, segundo o chefe de políticas de segurança do Facebook, Nathaniel Gleicher.
A rede estava em estágio inicial de construção de uma audiência, com pouco engajamento dos usuários. “Eles colocaram um esforço substancial na criação de elaboradas personas fictícias, tentando fazer contas falsas parecerem o mais reais possível”, disse Gleicher.
Segundo o Facebook, o grupo abordava “justiça social e racial nos EUA e no Reino Unido, políticas da OTAN e da União Europeia, supostos crimes de guerra e corrupção ocidentais, questões ambientais, o fundador da WikiLeaks, tensões entre Israel e Palestina, a pandemia de coronavírus, críticas ao fracking (fraturamento hidráulico), a influência francesa na África, a campanha de Biden e Harris, QAnon, o presidente Trump e suas políticas, e as políticas militares dos EUA na África”.
Páginas do Facebook
As fotos de perfis falsos foram geradas usando um software de computador, para parecerem mais realistas. Além disso, escritores freelance foram recrutados para escrever o material que era postado on-line.
Já as páginas do Facebook foram feitas para levar o público a sites da rede, e operadores trabalhavam para obter aprovação de anúncios direcionados.
“A operação segue um padrão em que atores, russos em particular, se tornaram melhores em esconder quem são, mas seu impacto é cada vez menor e eles têm sido pegos mais cedo”, afirmou Gleicher. “Eles estão entre a cruz e a espada: conduzir uma grande rede que é capturada rapidamente ou conduzir uma pequena rede de alcance limitado”, finalizou.