EUA: aprovação de Trump sobe a 45%, diz pesquisa
Essa foi a marca mais alta atingida pelo presidente americano. Porém, a maioria dos eleitores desaprova suas atitudes na fronteira do país
atualizado
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O índice de aprovação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, subiu para 45%, segundo nova pesquisa conjunta de Wall Street Journal/NBC News, a marca mais alta de sua presidência e 1 ponto porcentual a mais do que em junho. A pesquisa foi realizada em um período de quatro dias que começou em 15 de julho, um dia antes da entrevista coletiva com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na qual Trump questionou a conclusão das agências de inteligência norte-americanas de que a Rússia interferiu nas eleições de 2016.
Trump tinha o apoio de 88% dos eleitores republicanos. Dos quatro ocupantes anteriores da Casa Branca, apenas George W. Bush, após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, teve um índice de aprovação maior dentro de seu próprio partido em igual período de sua presidência.
A pesquisa também apontou que os democratas lideram em 6 pontos percentuais na pergunta sobre qual partido deve controlar o próximo Congresso, abaixo da vantagem de 10 pontos em junho e 7 pontos em abril. Cerca de 49% dos eleitores na nova pesquisa disseram que os democratas devem liderar o próximo Congresso, enquanto 43% favoreciam o Partido Republicano.
A maioria dos eleitores registrados – cerca de 51% – não aprova a relação entre Washington e Moscou, e uma porcentagem crescente de eleitores diz que Trump tem sido amigável demais com Putin. A pesquisa indica ainda que 65% dos eleitores acreditam que a Rússia interferiu na eleição de 2016, um aumento de 8 pontos percentuais ante junho de 2017.
Entre os que concordam com as agências de inteligência norte-americanas de que a Rússia interveio na eleição, um número crescente diz que o movimento favoreceu Trump na disputa eleitoral – cerca de 30%, ante 24% em junho do ano passado. Uma das maiores mudanças de opinião sobre essa questão surgiu entre as mulheres de 50 anos ou mais. No grupo que acredita que a Rússia interferiu na eleição, 45% disseram que Trump teria perdido sem a Rússia, acima dos 22% de um ano atrás.
A gestão de questões de imigração de Trump continua sendo outro motivo potencial para preocupação. A maioria dos eleitores dos EUA, 51%, desaprova o manejo de segurança de fronteira de Trump, e 58% não gostam de como o governo tratou pais e crianças separados depois de entrar ilegalmente no país.
Metade dos eleitores registrados aprova a forma como Trump lida com a economia, segundo a pesquisa, sua maior nota sobre essa questão nas pesquisas WSJ/NBC. Ao mesmo tempo, a maioria desaprova como ele lidou com questões comerciais. Segundo a pesquisa, 53% disseram que as tarifas recentemente impostas prejudicarão o norte-americano médio.
A pesquisa WSJ/NBC entrevistou 900 eleitores registrados de 15 a 18 de julho. A margem de erro para a amostra completa é de mais ou menos 3,27 pontos percentuais. As perguntas sobre a interferência russa na eleição foram feitas apenas de 16 a 18 de julho e têm uma margem de erro de mais ou menos 3,87 pontos percentuais para a amostra completa.