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Estados Unidos acenam com alívio de sanções a quem apoiar Guaidó

Além de sanções econômicas e diplomáticas, os “alívios” estão impostos à petrolífera venezuelana PDVSA, que teve ativos bloqueados

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Imagem colorida de Juan Guaidó, autodeclarado presidente da Venezuela
1 de 1 Imagem colorida de Juan Guaidó, autodeclarado presidente da Venezuela - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Os Estados Unidos passaram a oferecer o alívio de sanções econômicas e diplomáticas impostas a aliados do regime de Nicolás Maduro se houver uma adesão ao movimento iniciado pelo autoproclamado presidente interino da Venezuela, o opositor Juan Guaidó. Isso inclui sanções impostas à petrolífera venezuelana PDVSA, que teve ativos bloqueados.

O Departamento do Tesouro americano divulgou há pouco uma nota em inglês e em espanhol, atribuída ao porta-voz do órgão, na qual os EUA alegam que “o caminho para alívio de sanções individuais e de entidades ligadas ao antigo regime de Maduro, incluindo instituições como a PDVSA, é mudar o comportamento através do apoio a um líder venezuelano democraticamente eleito e àqueles que buscam a restauração da democracia”.

O assessor de segurança nacional dos EUA, John Bolton, publicou o comunicado no Twitter e indicou que o “único caminho” para o alívio das sanções é aceitar “a generosa oferta de anistia de Guaidó”. O Tesouro americano informou que os EUA “continuarão” a cobrar os responsáveis que se colocam “no caminho para a restauração da democracia”.

Nesta manhã, o líder opositor autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, afirmou que militares apoiam o movimento para acabar com o regime de Nicolás Maduro e convocou a população para as ruas do país. Leopoldo López, líder opositor que deixou a prisão domiciliar pela manhã, está nas ruas ao lado de Guaidó e disse ter sido solto após os soldados que vigiavam sua casa deixarem de reconhecer a liderança do chavista.

“Não é golpe”
Carlos Vecchio, embaixador nos Estados Unidos do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, convocou uma entrevista coletiva nesta terça-feira para defender que o que acontece hoje no país “não é golpe de Estado”.

“Isso não é um golpe de Estado, é um processo constitucional, democrático, apoiado em nossa Constituição, feito por um civil, representado neste momento por Juan Guaidó, que conforme os artigos de nossa constituição tem a obrigação de restabelecer a ordem constitucional”, disse Vecchio, em Washington. “O golpe de estado quem deu foi Nicolás Maduro, usurpando o poder”, completou o embaixador.

Vecchio é reconhecido como embaixador da Venezuela nos EUA pelo governo de Donald Trump e tem feito o diálogo entre o grupo de Guaidó e a cúpula da Casa Branca. No pronunciamento, ele pediu que a comunidade internacional continue com a pressão sobre Maduro e “cuidem para que se respeite os direitos à vida dos venezuelanos que hoje estão protestando”.

“É o começo do fim e o fim está muito perto”, afirmou o venezuelano, que pediu que Maduro facilite o processo de transição e aceite “que é hora de deixar o poder”. “É um processo inevitável de mudança”, defende Vecchio.

O representante de Guaidó na Organização dos Estados Americanos (OEA), Gustavo Tarre, que fica em Washington, também saiu em defesa da legitimidade do movimento desta manhã. Segundo ele, a “operação liberdade é a execução direta da Constituição e do Estatuto de Transição”. “A Venezuela recuperará a democracia”, afirmou.

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Reprodução/Tele 13

Tarre e Vecchio fazem parte do grupo de Guaidó em articulação direta com os americanos. Até agora, os maiores expoentes da linha dura de Trump contra o regime de Nicolás Maduro saíram em defesa da mobilização de Guaidó. Mais cedo, Mike Pompeo havia declarado “completo apoio” à “luta pela liberdade” do povo venezuelano, enquanto o assessor de Segurança Nacional, John Bolton, afirmou que venezuelanos estão deixando claro que o caminho para a democracia é “irreversível”. O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, também usou as redes sociais para apoiar o movimento de Guaidó.

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