Empresa da filha de Donald Trump é acusada de usar trabalho escravo
Semanas com 60 horas de jornada e pagamento de US$ 1 (R$ 3,18) por hora são as condições dos empregados chineses de uma fábrica de roupas
atualizado
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Semanas com 60 horas de trabalho e pagamento de US$ 1 (R$ 3,18) por hora são as condições dos empregados chineses de uma fábrica que produz roupas para a marca G-III Apparel, grupo proprietário da marca da filha do presidente dos Estados Unidos, Ivanka Trump. De acordo com o jornal americano Washington Post, que cita um relatório da Fair Labor Association, uma organização que promove a defesa dos direitos dos funcionários a nível internacional, as irregularidades são “exorbitantes”.
As fraudes, de acordo com a publicação, envolvem diversas horas extras, amplos volumes de tarefas e salários muito abaixo dos estabelecidos em outras regiões da China. A polêmica revelação ofusca as campanhas de Ivanka para que os americanos comprem apenas produtos “made in USA” e de emponderamento feminino no local de trabalho.
No entanto, o jornal admite que não está claro se as mercadorias com a marca da “filha do presidente” são realmente produzidaa na fábrica inspecionada, mas a China continua sendo a a principal produtora de roupas assinadas por Ivanka, apesar de sua empresa também trabalhar com companhias de Bangladesh e de diversos países da América do Sul.Em outubro, quando ocorreu a inspeção, foi constatado que a G-III Apparel importou aos Estados Unidos 110 toneladas de peças, entre camisas, saias e roupas sociais semelhantes as usadas pela filha de Trump.
A polêmica surgiu enquanto Ivanka visitava a Alemanha, na terça-feira (25/4), onde participou de um evento de incentivo ao empoderamento econômico das mulheres, que reuniu a chanceler alemã, Angela Merkel, e a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde. Na ocasião, Ivanka foi vaiada pela plateia.