Em Jerusalém, Bolsonaro dá sete tiros de metralhadora e acerta todos
O presidente esteve na Unidade de Contraterrorismo do país a convite do ministro de Segurança Interna, Gilad Erdan
atualizado
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Enviado especial a Jerusalém (Israel) – A habilidade de Jair Bolsonaro (PSL) com armas durante visita à Unidade de Contraterrorismo da polícia de Israel chamou a atenção de jornalistas locais que acompanhavam a agenda do chefe de Estado brasileiro. O presidente da República pediu para praticar tiros ao alvo e acertou todas as sete tentativas.
Questionado sobre o destaque que Bolsonaro teve na mídia israelense, o porta-voz da presidência, general Otávio do Rêgo Barros, elogiou o desempenho do titular do Palácio do Planalto. “O que eu posso dizer é: não fiquem na frente do presidente”, comentou em tom de brincadeira. “Ele tem uma habilidade e uma calma impressionantes com uma arma”, frisou.
O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, acompanhou o pai no compromisso e também praticou tiros ao alvo. A visita foi agendada após convite do ministro de Segurança Interna de Israel, Gilad Erdan.
Bolsonaro está em Jerusalém, capital política de Israel, desde o último domingo (31/3) e cumpre uma extensa agenda de compromissos. A visita presidencial tem por objetivo aproximar as duas nações.
Acordos
O Brasil assinou acordos de cooperação em diferentes áreas com Israel nesse domingo, durante visita do presidente Jair Bolsonaro ao país. Entre eles, o que busca promover pesquisas científicas e tecnológicas em conjunto e o desenvolvimento de projetos.
O acordo vigente entre as duas nações data de 1962 e, segundo a comitiva do governo brasileiro, precisava de uma atualização para “permitir uma maior interação entre os países”. “Essa cooperação permitirá ao Brasil se aproximar ainda mais do seleto grupo dos que melhor aplicam a ciência, a tecnologia e a inovação na produção de potencial econômico e na melhoria da qualidade de vida para a população”, informaram representantes do Executivo federal.
Além de ciência e tecnologia, foram assinados acordos nas áreas de segurança pública, defesa, serviços aéreos, cibersegurança e saúde.
No mesmo dia, o governo brasileiro anunciou a abertura de um escritório de negócios do Brasil em Israel. A medida, no entanto, desagradou a Autoridade Palestina, que convocou o embaixador no Brasil. Do outro lado, frustrou expectativas do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que espera a mudança da embaixada da capital internacional, Tel Aviv, para Jerusalém.