Conselho de Segurança discute, nesta quinta, ameaça de Trump à Síria
Será a segunda reunião do colegiado em dois dias. Declaração do presidente norte-americano, pelo Twitter, deixou a situação mais tensa
atualizado
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A portas fechadas, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) se reunirá, nesta quinta-feira (12/4), para debater a possibilidade de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagir com ataques armados ao suposto uso de armas químicas pelo governo sírio de Bashar Al Assad, agravando a tensão na região cuja guerra dura sete anos. A reunião foi convocada pela Bolívia, aliada da Rússia.
Será o segundo encontro do conselho em dois dias. A primeira reunião ocorreu nessa terça (10), quando o colegiado discutiu a possibilidade de uma investigação para determinar se há ligação de Bashar Al Assad com os ataques a civis.
Porém, os votos apresentados pelos representantes dos Estados Unidos e Rússia foram rejeitados. França, Reino Unido, Arábia Saudita e Israel avaliam a possibilidade de participar de um ataque militar contra a Síria ao lado de Trump.
Nesta quarta, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse que diante de indícios de envolvimento das autoridades, o episódio não pode ficar sem resposta. Depois, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, negou ser intenção de Trump reagir aos ataques de forma bélica e intensiva na Síria.
“O presidente não delineou um cronograma, e ainda está deixando muitas opções sobre a mesa”, afirmou. “Uma decisão final sobre isso ainda não foi tomada”, concluiu Sanders.
O secretário de Defesa norte-americano, Jim Mattis, acrescentou que o governo ainda avalia a situação para definir ações: “Estamos pronto para oferecer opções militares se forem apropriadas, como o presidente determinou”.
No Twitter
Pela manhã, Trump afirmou pelo Twitter que os russos deveriam se preparar, pois os “mísseis virão, bons, novos e inteligentes”. “Vocês não deveriam ser parceiros de um animal que mata seu próprio povo com gás e se diverte com isso”, afirmou.
Em outro post, Trump afirmou ser este o pior momento da relação bilateral entre os dois países de toda a história, mesmo levando em conta a Guerra Fria.