Comitê deve ter reunião de emergência para tratar de Nuzman
Membro do COI, Carlos Arthur Nuzman foi preso acusado de corrupção no Brasil e pode sofrer punições no grupo internacional
atualizado
Compartilhar notícia
O Comitê Olímpico Internacional deve realizar nesta sexta-feira (6/10) uma reunião de emergência de seu conselho para avaliar a situação de Carlos Arthur Nuzman. O brasileiro, preso por suspeita de corrupção, é ainda membro de honra da entidade olímpica e faz parte do Comitê de Coordenação para os Jogos de Tóquio, cargo que lhe foi oferecido pelo COI há apenas cinco meses.
O encontro, que está sendo planejado para ocorrer nesta tarde, debaterá que tipo de medidas poderão ser tomadas. Uma das opções sobre a mesa é a suspensão temporária do brasileiro. Mas a esperança do COI é de que, até o encontro começar, os advogados do dirigente façam um gesto e optem renunciar de forma voluntária aos cargos.
Declarando ser inocente, ele abdicou ao cargo de presidente da comissão de avaliação dos Jogos de 2024. Mas, com o COI, driblou um constrangimento internacional para tentar mostrar que foi ele mesmo quem havia optado sair.
De acordo com o Ministério Público francês, a família de Diack, suspeita de ter recebido US$ 1,5 milhão de empresários próximos aos organizadores da Rio2016, transferiu US$ 299,3 mil pela empresa Pamodzi para a empresa offshore Yemli Limited. O deposito ocorreu em 2 de outubro de 2009, dia da vitória do Rio para sediar os Jogos. Mas a empresa beneficiada tinha uma relação direta com Fredericks, que foi justamente um dos monitores do COI no momento do voto nas eleições de 2009 e vencidas pelo Rio.
Poucos dentro da entidade tem se manifestado de forma contundente diante do novo escândalo, principalmente diante do risco de que Nuzman decida cooperar com a Justiça e dar nomes de outros envolvidos.
Mas fontes indicam que o presidente do COI, Thomas Bach, quer dar um sinal a patrocinadores de que está se distanciando de Nuzman. Seu gabinete faz circular a notícia, nos últimos dias, que o alemão estaria muito irritado com tudo o que ocorre no Brasil e o comportamento de Nuzman. Bach, porém, não tem se pronunciado oficialmente.
No centro da polêmica está Lamine Diack, ex-presidente da Associação Internacional de Atletismo. Sua suspensão do COI apenas ocorreu depois que ele foi detido na França, mesmo que por meses o processo e indiciamento já fossem uma realidade.