Comandante das Forças Armadas da Bolívia pede renúncia de Evo
Williams Kaliman pede que Morales deixe o cargo para recuperar “paz no país” após semanas de protestos
atualizado
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O comandante das Forças Armadas da Bolívia, Williams Kaliman, pediu ao presidente Evo Morales que renuncie ao cargo para que se recupere a paz no país, depois que a questionada eleição de 20 de outubro resultou em semanas de protestos violentos.
Antes, o Alto Comando Militar da Bolívia ordenou operações militares aéreas e terrestres para neutralizar grupos armados irregulares, supostamente alinhados ao governo, que estão atacando manifestantes opositores que se deslocam a La Paz para aumentar a pressão social contra o governo.
Pela manhã, Morales anunciou a convocação de um novo pleito eleitoral, depois que a Organização dos Estados Americanos (OEA) afirmou em um relatório preliminar ter observado sérias irregularidades nos resultados da eleição de outubro.
Além disso, a Procuradoria-Geral da Bolívia anunciou hoje o início de ações legais contra juízes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do país por supostos “atos eleitorais ilícitos” e dois ministros de Morales renunciaram dizendo que suas decisões buscam ajudar na pacificação do país.
Renúncia de ministros
O ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Luis Alberto Sánchez, foi o segundo membro do gabinete do presidente Evo Morales a renunciar em meio à profunda crise que se instaurou no país após as questionadas eleições.
O primeiro ministro a se demitir foi o de Mineração, César Navarro. Ambos disseram que suas decisões buscam ajudar na pacificação do país, após semanas de protestos violentos que exigem a renúncia de Morales e novas eleições.
Com informações da Associated Press