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Chilenos protestam contra Bolsonaro enquanto ele passeia por Santiago

Polícia dispersou o ato com gás e jatos de água. No momento mais tenso, Bolsonaro passeava: foi a shopping e hamburgueria

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Cristina Serra/Metrópoles
protesto contra Bolsonaro no Chle
1 de 1 protesto contra Bolsonaro no Chle - Foto: Cristina Serra/Metrópoles

Enviada especial a Santiago (Chile) – Terminou em violenta repressão um protesto contra a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), na capital chilena, Santiago. Convocado por partidos de esquerda e organizações de defesa dos direitos humanos para o fim da tarde desta sexta-feira (22/3), a manifestação seguiu pacífica até a polícia dar início à dispersão do ato e os manifestantes revidarem. No momento de maior tensão, o presidente brasileiro estava passeando: ele foi a um shopping e lanchou em uma hamburgueria.

O protesto aconteceu no centro de Santiago, a poucos metros do Palácio de La Moneda. Durante toda essa sexta, a sede do governo chileno recebeu a reunião dos chefes de Estado da América do Sul, que tem Bolsonaro entre os convidados.

Os manifestantes se reuniram numa rua de pedestres, o Paseo Presidente Bulnes, e ficaram cerca de meia hora cantando e gritando palavras de ordem contra o brasileiro; o presidente chileno, Sebastián Piñera, e o mandatário norte-americano, Donald Trump. A imagem de Bolsonaro era a que mais aparecia em cartazes e faixas, com frases como “Fora do Chile, fascista Bolsonazi”.

Um boneco gigante representava Trump manipulando presidentes sul-americanos, como Bolsonaro e Piñera. Os manifestantes também criticaram a formação do novo bloco regional, o ProSul, lançado na reunião de cúpula dos presidente latino-americanos.

A manifestação foi comandada, principalmente, por mulheres, que se revezavam ao megafone para criticar os presidentes e pedir o direito ao aborto legal, bem como o fim da influência religiosa nas escolas. Havia cartazes com fotos da vereadora carioca Marielle Franco (PSol), assassinada há pouco mais de um ano, no Rio de Janeiro.

Bombas, gás e corre-corre
Os manifestantes não tinham autorização para sair da rua de pedestres e assim foi durante cerca de uma hora, até que as autoridades quiseram encerrar o evento. Como os manifestantes queriam ficar, a polícia chilena – os carabineiros – forçou a dispersão com seu pelotão anti-motim. Com carros especiais, semelhantes aos “caveirões” usados pela Polícia Militar do Rio de Janeiro para entrar em favelas, os carabineiros lançaram jatos d’água e bombas de gás lacrimogêneo sobre os participantes do ato.

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Houve grande correria, lojas e restaurantes fecharam as portas, vidros foram quebrados.
Manifestantes revidaram com pedras e tentaram montar barricadas, tocando fogo em materiais que tinham nas mãos (foto acima). Mas os policiais a pé, com escudos, e nos carros, avançaram pela rua principal e por algumas transversais, de modo que os ativistas não tinham como escapar da água e do gás lançados dos carros. Após cerca de meia hora, o protesto chegou ao fim, com o saldo de cinco pessoas presas.

No momento da confusão, Jair Bolsonaro visitava um shopping center de Santiago, com forte esquema de segurança. Imagens do passeio, gravadas por celular, foram exibidas por uma TV local. Nas cenas, o presidente do Brasil apareceu caminhando pelo centro comercial e em uma hamburgueria.

Veja imagens da mobilização:

8 imagens
Panfletos contra Bolsonaro no Chile
Manifestantes queriam “Fora Bolsonaro”
Declarações do presidente brasileiro foram lembradas
Trump também foi alvo dos protestos
Protestos nas ruas de Santiago contra o presidente brasileiro
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Os manifestantes chamavam Bolsonaro de fascista e nazista

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Panfletos contra Bolsonaro no Chile

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Manifestantes queriam “Fora Bolsonaro”

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Declarações do presidente brasileiro foram lembradas

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Trump também foi alvo dos protestos

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Protestos nas ruas de Santiago contra o presidente brasileiro

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Ativistas fizeram fogueiras nas ruas de Santiago

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No Chile, Bolsonaro enfrentou protestos

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