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Candidato a senador é atacado a facadas no Chile

Crítico do crescente número de imigrantes no país, Fulvio Rossi foi esfaqueado quando chegava a comitê em Iquique após receber ameaças

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Alex Díaz/EFE
Atacan a golpes y cuchilladas a senador que busca reelección en Chile
1 de 1 Atacan a golpes y cuchilladas a senador que busca reelección en Chile - Foto: Alex Díaz/EFE

A quatro dias das eleições presidenciais e legislativas do Chile – e um dia antes do encerramento oficial da campanha eleitoral –, o senador Fulvio Rossi, ex-integrante do Partido Socialista que concorre à reeleição em candidatura independente, foi esfaqueado ontem por um homem em Iquique, região norte.

Ele foi atacado a facadas por um homem quando chegava ao comitê de campanha depois de receber ameaças por telefone pela manhã. Segundo autoridades chilenas, o senador foi hospitalizado, mas não corre risco de morrer. Ele sofreu um corte no tórax e outro na cabeça.

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, condenou a agressão a Rossi logo após saber do atentado, quando participava de uma inauguração de um hospital no bairro San Miguel, de Santiago. “É inaceitável o ataque sofrido pelo senador Fulvio Rossi”, escreveu a presidente em uma rede social. “Devemos assegurar que o debate político ocorra sempre com respeito. O Chile não merece esta violência”, afirmou Bachelet.

A polícia chilena investiga denúncias de que o senador estaria sofrendo ameaças e a ação teria sido praticada por um homem com sotaque estrangeiro logo após Rossi ter recebido mensagens com ameaças pelo celular. Segundo depoimento do filho do senador, Franco Rossi, o agressor teria falado com o senador antes do ataque. Rossi critica a presença crescente de estrangeiros no país.

O debate sobre imigração tem movimentado a campanha política chilena. Nos últimos dois anos, o Chile atraiu milhares de imigrantes em busca de oportunidades de trabalho. Nos últimos dois anos, mais cerca de 160 mil haitianos entraram no Chile, muitos deles ainda fugindo da crise humana decorrente do terremoto que destruiu o Haiti em 2010. Mas há também gente da vizinhança hispânica, como colombianos e venezuelanos, que fogem das crises econômicas de seus países.

O atual líder da corrida presidencial, ex-presidente Sebastián Piñera, candidato do bloco Chile Vamos, também usou a rede social para condenar o ataque. “Acabo de falar com o senador Fulvio Rossi, que sofreu um ataque com faca. O Chile não merece violência política”, disse Piñera. No Chile, o voto não é obrigatório e o sistema partidário está sendo ampliado, na contramão, por exemplo, do Brasil, que tenta restringir o número de partidos. Nestas eleições de domingo, o Chile deve renovar 23 das 50 cadeiras do Senado e todas as 155 vagas da Câmara dos Deputados.

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