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Bolsonaro: “Se Congresso abrir mão de R$ 15 bi, pode não ter ato”

Presidente disse que, até o dia 15 de março, Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia podem rever a opção de manter R$ 15 bi do orçamento

atualizado

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Marcos Corrêa/Presidência da República
Bolsonaro com grupo durante viagem aos EUA
1 de 1 Bolsonaro com grupo durante viagem aos EUA - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República

Enviado especial a Miami – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, na tarde desta segunda-feira (09/03) que, se os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP) respectivamente, abrirem mão do destino de R$ 15 bilhões do orçamento federal, eles poderiam colocar um “ponto final” nos atos programados para o próximo dia 15.

“O que a população quer, que está em discussão em Brasília no momento? Quer que o Parlamento não seja o dono do destino de R$ 15 bilhões do orçamento. Que para nós é muito importante”, disse o presidente, ao falar sobre as manifestações do próximo domingo.

“Acredito que, até o dia 15, se os presidentes da Câmara e do Senado anunciarem algo no tocante a dizer que não aceitam isso e se a proposta chamada PLN4 tiver dúvida no tocante a ficar com eles esse recurso e que venham a destinar esse recurso para onde eles acharem melhor, e não o Executivo, acredito que eles possam botar até um ponto final [nos protestos]”, afirmou o presidente.

Na sequência, porém, Bolsonaro disse que as manifestações ocorrerão de qualquer forma. “Não um ponto final, porque ela [manifestação] vai haver de qualquer maneira, mas para mostrar que estamos sim afinados com o interesse do povo brasileiro”, prosseguiu.

O PLN4, mencionado pelo presidente, faz parte de um acordo entre o Executivo e o Legislativo. Inicialmente, na elaboração do orçamento deste ano, os parlamentares haviam determinado que a destinação de R$ 30 bilhões ficariam sob encargo deles. A autoria da proposta, como consta no link do projeto, é da própria Presidência da República.

Ao pregar que os presidentes do Legislativo voltem atrás no processo, Bolsonaro dá o primeiro passo para desfazer um acordo que ele mesmo costurou.

“Yes Brazil”

O evento foi realizado no campus de medicina do Miami College. A organização foi feita pelo grupo “Yes Brazil”, que reúne brasileiros residentes da Flórida e tem o intuito de replicar ações de defesa do governo em solo norte-americano.

A segurança do local foi feita pela própria segurança da Presidência da República em comunicação com o Serviço Secreto dos EUA. Todos os convidados foram revistados.

Inicialmente, a ideia dos organizadores era que o evento reunisse até 3 mil pessoas. No auditório, porém, havia menos de 300 lugares – e o local não estava totalmente lotado.

Antes do início da fala do presidente, o pastor Leidimar Lopes, um dos líderes da comunidade dos imigrantes brasileiros em Miami fez uma oração.

“O presidente tem sofrido perseguições”, disse, acompanhado de um “amém”, repercutido pelos presentes. Bolsonaro e Michelle, que estava presentes no evento, ficaram de olhos fechados e cabeça baixa durante a oração.

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