Bolsonaro apoia construir templo sobre Mesquita em Israel, diz Flávio
No retorno ao Brasil, o senador prega que o clã Bolsonaro volte todas as atenções à reforma da Previdência
atualizado
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Enviado especial a Jerusalém (Israel) – Após a visita do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao Muro das Lamentações, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), único filho que acompanha o chefe do Executivo federal na visita a Israel, afirmou que o chefe do Executivo assinou um livro no qual apoia a construção de um templo em Jerusalém onde hoje fica uma Mesquita muçulmana.
“Quando se assina um livro em que há um projeto de construção de um templo onde hoje é uma mesquita, é uma sinalização de qual é o elemento político-ideológico do presidente Bolsonaro”, disse o senador.
Com relação à polêmica que envolve a transferência da Embaixada do Brasil no país, ele avaliou que o assunto ainda precisa ser discutido dentro do governo. “Eu acho que deve ser uma coisa de cada vez. O Brasil já dá uma demonstração radical de sua linha no relacionamento com os países estrangeiros. Só esse gesto já é um passo importante e progressivo”, explicou.
O governo adiou os planos de mudança da embaixada de Tel Aviv para Jerusalém, que ganhou apenas um escritório de negócios. “O presidente e seus ministros vão dar o momento certo de fazer isso [a transferência]. Não tem prazo. Só o gesto que demos agora é tão importante quanto. Essa é a sinalização do elemento político-ideológico do presidente Bolsonaro”, completou.
Flávio classificou a visita como um “momento histórico”. “Sinaliza que o Brasil quer estar próximo de Israel, numa linha antagônica. A política externa brasileira vai se reorganizando e vamos mostrando que vamos negociar com democracias consolidadas e que tem muito a oferecer ao Brasil”, ponderou.
Retorno
Na volta ao Brasil, Flávio garantiu que o clã Bolsonaro vai priorizar a aprovação da reforma da Previdência no Congresso. “Há um consenso da extrema necessidade de se aprovar a proposta que é o projeto prioritário para o governo neste momento”, disse o senador, ao revelar que, entre as orações feitas ao lado do pai em visita ao Muro das Lamentações, pediu “sabedoria”.
O senador falou ainda em acertos no governo. “O desafio é ajustar as poucas coisas que precisam ser ajustadas. O diálogo vai tomar uma dinâmica diferente. Todos já entenderam como é a atuação do presidente, qual o momento político que a população exige para se cumprir o mandato. Vamos buscar normalidade e diálogo sempre que as coisas vão se acertar”, concluiu.