Bloomberg muda regras de cobertura por causa das eleições nos EUA
Michael Bloomberg, fundador e dono da empresa de mídia especializada, lançou sua pré-candidatura à presidência
atualizado
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Após Michael Bloomberg se apresentar como pré-candidato à presidência dos Estados Unidos, o serviço noticioso que leva seu nome informou neste domingo que não “investigará” ele ou qualquer de seus rivais democratas e que a Bloomberg Opinion já não publicará textos editoriais sem assinatura sobre o assunto.
Diretor editorial da agência, John Micklethwait anunciou as novas regras em comunicado enviado neste domingo aos 2.700 jornalistas e analistas do serviço noticioso, pouco depois que o ex-prefeito de Nova York anunciou sua intenção de concorrer.
“Não é o caso de tentar afirmar que cobrir esta campanha presidencial será fácil para uma redação que forjou uma reputação de independência, em parte por não escrever sobre nós mesmos”, escreveu Micklethwait.
Bloomberg lançou seu serviço noticioso em 1990 para complementar a informação financeira que vendia a seus clientes. Desde então se expandiu para distintos formatos, incluindo uma cadeia de rádio e televisão, bem como a revista Bloomberg Businessweek.
Os repórteres da Bloomberg cobrirão pesquisas, política e a campanha de seu proprietário, como fazem com todos os candidatos, explicou Micklethwait. Mas não investigarão histórias sobre ele e, para ser imparciais, nenhum outro candidato democrata. Continuarão com suas investigações sobre o governo do presidente Donald Trump, informou. Micklethwait disse que neste caso a situação é diferente, já que Trump é presidente e cobrir seu governo é um objetivo legítimo.
Caso outro meio de comunicação digno de crédito investigar histórias sobre Bloomberg ou algum outro pré-candidato democrata, o serviço noticioso publicará um resumo ou a reportagem em sua totalidade, disse ele. “Não as esconderemos”, prometeu.
Com informações da Associated Press