Ataque de grupo armado durante consulta deixa um morto na Venezuela
Três pessoas ficaram feridas por tiros que ocorreram após partidários do governo em motos avançarem na área em que havia centro de votação
atualizado
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Pelo menos uma pessoa foi morta e três ficaram feridas por tiros que ocorreram após partidários do governo em motocicletas avançarem na área em que havia um centro de votação da consulta popular organizada pelos oposicionistas na Venezuela neste domingo (16/7).
O incidente ocorreu perto da Igreja onde ocorria a votação, no bairro tradicionalmente pró-governo de Catia, no oeste da capital. O escritório da procuradoria afirmou que uma mulher foi morta e três pessoas ficaram feridas no incidente. A vítima foi identificada como Xiomara Escot, mas não havia mais detalhes disponíveis.
Prefeito oposicionista do bairro de Sucre, em Caracas, Carlos Ocariz afirmou que grupos paramilitares pró-governo atacaram manifestantes perto da Igreja de Nossa Senhora de Carmen, por volta das 15h (hora local). Ocariz pediu que a procuradoria-geral investigue o caso.
Milhares de pessoas votaram neste domingo na consulta simbólica convocada pela aliança oposicionista para desafiar o governo e boicotar o plano do presidente Nicolás Maduro de reescrever a Constituição. O Conselho Nacional, controlado pelos governistas, convocou também neste domingo um simulado de votação para a Assembleia Constituinte, marcada para o fim deste mês.A consulta opositora ocorreu em 23 Estados e com cerca de 2 mil centros de votação, com o apoio da Igreja Católica. O dirigente opositor Henrique Capriles, ex-candidato presidencial, divulgou em sua conta no Twitter um vídeo no qual se observava um homem que disparava na direção da Igreja de Cátia, onde estava concentrado um grupo de pessoas. Horas antes do incidente, centenas de pessoas se concentraram diante da Igreja e gritaram contra o governo de Maduro.
A votação deste domingo é simbólica, mas a oposição pretende usá-la como instrumento para pressionar o governo a desistir da Assembleia Constituinte e negociar uma transição de poder. (Fonte: Associated Press)